Alimentos e bebidas e artigos de residência registraram deflação e influenciaram o resultado da inflação no ano.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial, voltou a avançar no último mês do ano, passando de 0,32% em novembro para 0,35%, em dezembro. Com isso, o índice acumulou, em 2017, alta de 2,94%, a menor desde 1998, quando havia registrado 1,66%, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Se fechar o ano perto desse valor, a inflação vai ficar abaixo do piso da meta do governo, que é de 3%. No último relatório, os economistas entrevistados pelo Banco Central previram que o IPCA vai chegar a 2,83% no final de dezembro, praticamente o mesmo valor que está no relatório do BC divulgado nesta quinta-feira, de 2,8%.
No ano, o grupo de alimentos e bebidas registrou a maior queda, de 2,15%, entre todos os tipos de despesa analisadas. Artigos de residência também registraram deflação de preços, de 1,51%.
Veja a variação dos outros grupos que compõem o cálculo do IPCA:
- Habitação: 6,15%
- Vestuário: 2,55%
- Transportes: 4,31%
- Saúde e cuidados pessoais: 6,68%
- Despesas pessoais: 4,75%
- Educação: 6,96%
- Comunicação: 1,5%
Entre as capitais, a inflação pesou mais no bolso dos consumidores de Brasília, onde os preços subiram 3,74% no ano. Por outro lado, em Belém, o IPCA subiu avançou menos do que nas outras cidades: 1,47%.
No mês
De novembro para dezembro, a queda de preços do grupo de alimentação e bebidas perdeu força: de – 0,25% para – 0,02%, assim como os de artigos de residência, de -0,35% para -0,27%. Avançaram os preços de transportes: de 0,27% para 1,16%, e de despesas pessoais, de 0,43% para 0,44%.
Ficaram mais baratos feijão-carioca (-5,02%), batata-inglesa (-3,75%), tomate (-2,88%), frutas (-1,40%) e carnes industrializadas (-1,29%). Também recuaram os preços de TV, som e informática (-1,61%) e eletrodomésticos (-0,51%).
Entre as altas de preços está a da gasolina (2,75%), da energia elétrica (0,77%), do gás de botijão (0,80%), da taxa de água e esgoto (0,92%), das passagens aéreas (22,34%), etanol (4,34%) e plano de saúde (1,06%).
Veja a variação dos outros grupos que compõem o cálculo do IPCA:
- Habitação: de 1,33% para 0,43%
- Vestuário: mantido em 0,32%
- Saúde e Cuidados Pessoais: de 0,51% para 0,27%
- Despesas Pessoais: de 0,43% para 0,44%
- Educação: de 0,01% para 0,03%
- Comunicação: de 0,28% a -0,26%
Fonte: G1