Dados divulgados da Relação Anual de informações Sociais (RAIS) indicam que, em 2015, a indústria de transformação do plástico perdeu 100 empresas e fechou cerca de 31 mil postos de trabalho. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST), um dos desafios do setor é aumentar a produtividade da mão de obra
Em 2015, o setor encerrou o ano com 11.459 empresas em todo o país, cem a menos do que em 2014. O número de postos de trabalho foi reduzido em 30.799, caindo de 355.795 para 324.996. São Paulo foi o Estado mais afetado, respondendo por 94% do total de estabelecimentos fechados no Brasil e 40% dos empregos perdidos.
José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST), salienta que a atividade vem sofrendo desde 2011 com o fechamento de fábricas e o consequente aumento do desemprego, conforme demonstram os dados da RAIS. “Desde 2011 foram fechadas 231 empresas formais do setor e, em 2013, nosso setor chegou a registrar 356 mil empregos diretos. Não temos previsão de curto prazo para retomar esses níveis, caso não haja uma mudança estrutural para melhorar nossa produtividade”.
Aumentos reais e ampliação de custos
Segundo Roriz, o setor de transformados plásticos vem atuando para tentar minimizar os reajustes reais concedidos nos salários ao longo dos últimos anos. De 2010 até o ano passado, os reajustes salariais no setor posicionaram-se 6,6 pontos percentuais acima do aumento acumulado do INPC, sem contrapartida imediata no aumento da produtividade do trabalho.
Diante desse quadro, o presidente da entidade enfatiza que, este ano, será preciso maior sensibilidade na condução das negociações salariais em face do momento econômico. “Em períodos de maior estabilidade, houve a sensibilidade do setor, o que resultou em aumentos reais aos trabalhadores. O cenário econômico mudou e se faz necessária mais ponderação nas expectativas e serenidade neste momento”.
Fonte: Segs