Especialista defende harmonia entre gerações para empresas do segmento crescerem
Para o diretor de comunicação da Total IP, Mauro de Oliveira, jornalista e doutor em Marketing, a Geração Y, que compreende as pessoas nascidas de 1980 a 2000, precisa ser ouvida no ambiente de trabalho para se sentir reconhecida e ser mais produtiva. “Ouça o seu jovem, porque a ideia dele pode revolucionar o seu negócio”. No entanto, o jovem só vai dar ideias se sentir que ela será pelo menos ouvida e respeitada. Caso contrário, há grande possibilidade de o jovem deixar a empresa. “Se não forem ouvidos, esses jovens que já estão se tornando líderes, podem abandonar a empresa e ir para a concorrência com a expertise que a empresa deu a eles”, detalhou o especialista em entrevista à Aserc, durante o CMS 2016.
“Às vezes um gestor diz a um jovem: ‘você vai atender sempre de tal jeito’. E ele tem uma sugestão. Mas ouve ‘você não está aqui para ter ideias e sim para fazer o que eu mandei”, descreveu o jornalista. Segundo ele, esse tipo de comportamento gerencial acaba com o vínculo entre os jovens da geração Y e a empresa.
Reconhecimento
Além de ser ouvida, de contribuir com o trabalho, a geração Y também está em busca de reconhecimento. “Essa geração tem uma postura mais ativa, busca crescimento, que não é só financeiro, é social, é para todos os colegas”, disse Mauro. Ele acredita que o desafio das empresas de recuperação de crédito é mostrar ao jovem que ele faz um trabalho cujo resultado não só a empresa ganha. Ele ou ela também ganha.
Os jovens da atual geração também desejam ter jornada flexível e veem o sistema corporativo como ultrapassado. “Trabalhar em home office funciona bem para essa geração. Fizemos uma pesquisa que demonstrou que quem trabalha em home office chega a ser 30% mais produtivo que quem vai à empresa”.
Trabalhar em casa interessa a funcionários mais jovens porque se sentem à vontade. Para eles, mais importante do que como você está vestido é o que você tem por dentro.
Embora a busca por produtividade seja essencial para as empresas, o jornalista sugere que a questão seja abordada de maneira diferente das atuais metas que levam a um alto índice de turnover e ambientes hostis em alguns casos. “Sugiro cobrar de outra maneira, flexibilizar horários, cobrar por projetos de trabalho. Isso fará com que o jovem seja um agente transformador. Ele ou ela vai entregar até mais do que foi pedido.”
Segundo ele, quando o jovem se sente responsável por um projeto, o resultado é melhor do que quando a empresa estabelece metas ou cria um ranking dos melhores funcionários.
Outro ponto importante é que um sistema de premiação não precisa envolver recompensa financeira. A empresa pode premiar de forma alternativa com viagens, folgas a mais, entre outras possibilidades.
Engajar pessoas
O grande desafio, de acordo com o diretor de comunicação da Total IP, é preparar os gestores para valorizar e ouvir a equipe, a fim de evitar a mudança de quadro a cada três ou quatro meses. “Treinar custa caro”, destacou. “É preciso envolver, cativar, engajar pessoas. É desafiante e também mais barato. Valorizar talentos continua sendo um desafio.”
O convívio, sugere Mauro, é como tocar em uma orquestra: cada pessoa tem um talento e todos juntos formam uma sinfonia. As pessoas mais velhas trazem algo muito bom para a organização: a sabedoria. Os jovens trazem disposição, garra, energia. “Se o gestor somar talentos maduros com os talentos da geração Y e conseguir afinar os instrumentos, a empresa vai fazer uma grande apresentação, um grande clássico”, enfatizou.
Fonte: Redação Aserc
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