Aserc participa de palestra sobre combate a lavagem de dinheiro

A Aserc participou da 7ªedição do Circuito de Palestras do Grupo AllCheck sobre combate a lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo, realizado no dia 06 de dezembro, na capital paulista.

Durante palestra, o especialista em lavagem de dinheiro e combate a fraudes, Manoel Gomes da Cruz Filho, apresentou as principais características desse tipo de ação ilícita e formas de combater.  “A sociedade toda perde com a lavagem de dinheiro porque tem impacto social muito grande. É dinheiro que entra sem pagar impostos, que não gera empregos. São recursos que não são produtivos”, explicou o palestrante. 

De acordo com o presidente do grupo AllCheck, Luís Fernandes Marques, que promove debates sobre a questão há sete anos, com o crescimento do crédito no país, a lavagem de dinheiro também cresceu. “Como atuamos na prevenção a fraudes no crédito, verificamos a necessidade de informar melhor o mercado sobre o problema e minimizar os riscos dos nossos clientes”, expôs.

Embora a preocupação com a lavagem de dinheiro – que se caracteriza por transformar recursos oriundos de atividades ilegais em recursos que aparentem ser lícitos – seja uma preocupação constante e antiga de governos e instituições financeiras, após o atentado terrorista às torres gêmeas, em 11 de setembro de 2011, nos Estados Unidos, o mundo ficou muito mais atento à lavagem de dinheiro e sua utilização para o terrorismo, explicou Cruz.

Segundo o especialista, a lavagem de dinheiro, muitas vezes ligada ao crime organizado, produz o avanço de organizações criminosas, coloca em risco a segurança da sociedade civil, permite a infiltração de criminosos no poder, dificulta ações policiais e jurídicas no combate ao crime e causa instabilidade econômica nos países. 

O combate ao problema passa pelas instituições financeiras que devem reportar, preventivamente, todos os fluxos financeiros anormais de seus clientes. As instituições não têm o dever de investigar e punir, mas de reportar sempre que desconfiar de atividades ilícitas, elucidou Cruz. Ele também sugere a análise preventiva de clientes, treinamento e discussões constantes com as equipes que devem estar de olho nas operações. Segundo ele é preciso criar uma cultura de “vigilância” das instituições financeiras.

Prevenção

No Brasil, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) disciplina, aplica penas administrativas, recebe, examina e identifica as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas.

Em complemento ao trabalho do Coaf, em 2003, foi criada a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA), formada por mais de 60 órgãos, dos três poderes da República, Ministérios Públicos e da sociedade civil que atuam, direta ou indiretamente, na prevenção e combate à corrupção e à lavagem de dinheiro. 

O combate à lavagem de dinheiro também ocorre em nível internacional com o Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (GAFI/FATF), uma organização intergovernamental que desenvolve e promove políticas nacionais e internacionais de combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.
Esteve presente representando a Aserc o Gestor Sr. Jose Geraldo Girasol.

Fonte: Redação Aserc