Apesar de ter caído 4%, Porto Alegre teve a cesta básica mais cara no mês passado (R$ 435,51).
O custo da cesta básica caiu em 25 das 27 capitais brasileiras, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As retrações mais expressivas ocorreram em Manaus (-5,14%), Maceió (-5,10%), Porto Alegre (-4%), Brasília (-3,71%) e Rio de Janeiro (-3,55%). As elevações foram em Natal (0,59%) e São Luís (0,14%).
Apesar de ter caído 4%, Porto Alegre teve a cesta básica mais cara no mês passado (R$ 435,51), seguida de Florianópolis (R$ 434,13), São Paulo (R$ 426,22) e Rio de Janeiro (R$ 424,55). Os menores valores médios foram observados em Rio Branco (R$ 330,58) e Recife (R$ 344,06).
Em 12 meses, 11 cidades acumularam alta. As elevações mais expressivas foram em Maceió (6,89%), Natal (5,99%) e Porto Alegre (4,48%). As reduções foram em 16 cidades, com destaque para Manaus (-14,26%) e Boa Vista (-9,04%). Nos dois primeiros meses de 2017, todas as capitais acumularam queda, exceto Fortaleza (1,96%). Destacaram-se as taxas negativas de Rio Branco (-14,01%), Cuiabá (-7,45%) e Boa Vista (-7,16%).
Salário e tempo necessários
Com base na cesta mais cara, de Porto Alegre, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.658,72, ou 3,90 vezes o mínimo de R$ 937,00, em fevereiro. Em janeiro, o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 3.811,29, ou 4,07 vezes o mínimo. Em fevereiro de 2016, o salário mínimo necessário foi de R$ 3.725,01, ou 4,23 vezes o piso vigente, que equivalia a R$ 880.
O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 89 horas e 33 minutos, menor que o de janeiro, 91 horas e 48 minutos. Em fevereiro de 2016, o tempo era de 96 horas e 37 minutos.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente a Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em fevereiro, 44,25% do salário mínimo para adquirir os mesmos produtos que, em janeiro, demandavam 45,36%. Em fevereiro de 2016, o percentual foi de 47,74%.
Fonte: G1 Economia