Em um momento delicado da economia, o networking via redes sociais está ajudando profissionais mais qualificados a encontrar novas colocações no mercado. Do outro lado do balcão, grandes empresas também conseguem garimpar na internet currículos que, dificilmente, seriam encontrados de imediato no mundo físico.
Especialistas em recursos humanos ressaltam, no entanto, que um processo de contratação que começa online também precisa seguir algumas regras. “O ideal é que o contato pelo empregador seja feito quando houver a indicação de alguém conhecido”, diz Rodrigo Vianna, diretor executivo da Talenses, de recrutamento executivo. “Da parte do candidato, o conteúdo mostrado em redes como o LinkedIn deve estar completo e atualizado. Até a foto pessoal na página precisa transmitir uma postura profissional.”
Vianna recebe, por semana, mais de 40 solicitações de vagas ou pedidos para a análise de currículos pelas redes sociais. “Esse volume aumentou cerca de 40% na comparação com 2014, e os executivos brasileiros estão cada vez mais atentos a esse movimento na internet”, afirma.
O atual gerente geral jurídico da construtora e incorporadora Even, Guilherme Fleury Basso, foi contratado, via rede social, há um mês. “Recebi uma primeira comunicação da empresa por meio do LinkedIn, com uma mensagem sobre a vaga. Fiquei interessado e respondi com meus contatos”, conta.
Na época, o executivo trabalhava no Rio há um ano, mas, por questões familiares, procurava uma oportunidade em São Paulo. O processo de seleção durou cerca de um mês e meio, com cinco entrevistas. A primeira foi feita por telefone e, as demais, pessoalmente, na sede da empresa, na capital paulista.
“Após a confirmação, me mudei em 15 dias.”
Basso afirma que, apesar de não estar procurando por um novo emprego na ocasião, conversava com amigos sobre as movimentações do mercado e alimentava o networking profissional. “Meu currículo na rede social estava sempre em dia.” Com a troca, suas responsabilidades aumentaram: antes ele cuidava somente do departamento imobiliário e, agora, lidera toda a área jurídica da Even.
Mariana Verceze, gerente de recrutamento e seleção da Basf para a América do Sul, afirma que é preciso entender melhor a função das plataformas de exposição online. “Mesmo que o executivo não esteja procurando uma colocação, o LinkedIn oferece um ambiente valioso para a observação do cenário de negócios e manutenção do networking”, diz. Ela ressalta, porém, que é preciso ter muito cuidado, pois tudo o que o usuário publica vai refletir em sua imagem profissional.
A Basf trabalha com um programa de recomendação em que seus 4,5 mil colaboradores podem apontar nomes da sua rede de contatos e até ganhar um prêmio em dinheiro se a indicação for efetivada. A equipe de recrutamento da empresa também mantém os perfis online atualizados com fotos e informações sobre o grupo.
Fonte: Blog Televendas
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