Inadimplência no setor de plástico precisa ser combatida

Cerca de 60% das empresas em operação no país estão inadimplentes, segundo levantamento da Serasa Experian divulgado em março deste ano.  Isso significa que, das cerca de 8 milhões de empresas em operação no país, 4,9 milhões estão ‘negativadas’. Muitas delas são da cadeia de plástico. “Esse é um problema que precisamos enfrentar juntos com os transformadores de médio e pequeno porte. É preciso que essas empresas adotem práticas de gestão mais eficientes em suas empresas, do contrário, acabarão entrando em processo de falência ou recuperação judicial, do qual pouquíssimas empresas têm conseguido sair”, explica Laércio Gonçalves, presidente da ADIRPLAST.

Diante do problema, o ADIRPLAST decidiu promover, entre seus clientes, cerca de 7 mil transformadores, na maioria composta por empresas familiares de pequeno e médio porte, ações que incentivem e orientem sobre as boas práticas de gestão empresarial. “Acreditamos que a gestão aprimorada é o que pode de fato mudar a história dos pequenos e médios transformadores de plástico no país. Por isso, temos pedido que as petroquímicas entrem conosco neste desafio. É preciso mais atenção com mercado local e transformador fidelizado”, explica Osvaldo Cruz, diretor da Entec Polímeros e vice-presidente da ADIRPLAST.

Segundo Cruz, a entidade planeja, ainda neste ano, beneficiar diversas empresas do setor de transformação de plástico através de cursos e palestras, nos quais serão debatidos temas como fluxo de caixa e inadimplência, entre outros assuntos.

Cursos e programa – É necessário abordar a inadimplência com a devida importância, explica o consultor do Sebrae-SP, João Carlos Natal. Afinal, “esse é um dos principais fatores de risco para uma empresa, algo que pode levá-la ao colapso”.

Além dos cursos, programas de computador que ajudam a gerir a empresa também podem evitar erros. Recentemente, a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST) e a Braskem lançaram o Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico (PICPlast), uma ferramenta inédita que deve auxiliar pequenas e médias empresas do setor plástico na tomada de decisões estratégicas e controle do fluxo de caixa.

O programa realiza cálculos sofisticados e indica resultados que apontam se os investimentos previstos são realmente vantajosos ou negativos. A ferramenta é capaz de apontar ainda qual a taxa de retorno projetada para os investimentos e se é realmente interessante para o empresário tomar crédito para uma possível expansão. “A solução irá beneficiar empresas que atuam em diversos segmentos”, conta José Ricardo Roriz Coelho, presidente da ABIPLAST.

“Se você é pequeno empresário, seja qual for sua escolha, o importante é não parar no tempo e achar que velhas práticas, como a inadimplência, levarão sua empresa para frente. Muito pelo contrário”, explica Laercio Gonçalves.

Fonte: Blog Televendas