57,6% das famílias estão com dívidas, mas número é menor do que o registrado no mês anterior
RIO – Após três altas consecutivas, o porcentual de famílias endividadas em maio deste ano cedeu e ficou em 57,6%, uma queda de 1,3 ponto porcentual frente ao mês anterior, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quarta-feira, 31, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O indicador também ficou abaixo dos 58,7% registrados em maio do ano passado.
“A redução recente do indicador pode estar relacionada à queda na margem do custo de crédito, além do ritmo ainda fraco de concessão de empréstimos e financiamentos para as famílias”, explica Marianne Hanson, economista da CNC.
Apesar da queda do porcentual de famílias endividadas, a proporção das famílias com dívidas ou contas em atraso teve leve aumento, alcançando 24,2% em maio, contra 24,1% em abril e os 23,7% apurados em maio de 2016.
Já a parcela de famílias que declararam não ter como pagar as dívidas, permanecendo inadimplentes, diminuiu na comparação mensal, alcançando 9,5% em maio, ante os 9,7% em abril. Na comparação anual, no entanto, houve alta de 0,5 ponto porcentual.
A pesquisa demonstrou ainda que houve uma redução no número de famílias que se declararam muito endividadas – de 14,3% em abril para 13,7% maio. Na comparação anual a queda foi de 1,2 ponto porcentual.
O tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas foi de 62,6 dias em maio de 2017, estável em relação ao mesmo período do ano passado. Em média, o comprometimento com as dívidas foi de 7 meses, sendo que 33,2% das famílias possuem dívidas por mais de um ano. Entre os endividadas, 20,9% afirmam ter mais da metade da renda mensal comprometida com compromissos.
Para 77% dos endividados, o cartão de crédito permanece como a principal forma de pagamento, seguido de carnês (15,6%) e financiamento de carro (10,4%).
A pesquisa é apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as capitais e no Distrito Federal, com cerca de 18.000 consumidores.
Fonte: Estadão