Cartão de crédito é o vilão dos brasileiros?

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A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou há alguns dias o resultado da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). Segundo o estudo, mais de 57% das famílias brasileiras estão endividadas, e 76,8% delas apontaram o cartão de crédito como principal razão desse endividamento.

Limites altos, juros, taxas e anuidades fazem do cartão de crédito uma ferramenta perigosa para o consumidor que não organiza o seu orçamento, se rende às ofertas do mercado e compra de maneira inconsciente. Nesses casos, o que fazer para tornar esse recurso um aliado das finanças? 

Uma das razões que levam a pessoa a se endividar é a falsa sensação proporcionada pelo cartão de crédito. Mesmo com a conta bancária zerada ou negativa, muitos pensam que ainda têm dinheiro, pois não entendem que crédito e poder de compra são coisas distintas. Toda dívida é um compromisso, por isso a velha recomendação de não assumir parcelas muito altas ainda é válida.

Infelizmente, a minoria dos brasileiros tem o hábito de poupar e, quando as emergências aparecem (gastos médicos, reparos em casa e no automóvel são as mais comuns), os despreparados se veem forçados a recorrer ao crédito. Afinal, em situações como essa, em que as despesas não podem ser pagas à vista, não dá para negar que o cartão é um aliado – mas, claro, todo cuidado é fundamental.

A prática de colecionar cartões também é perigosa. Quando se tem mais de um, é grande o risco de se deparar com uma soma de limites mais alta do que se pode pagar, o que também aumenta o risco de endividamento.

Alguns casos são preocupantes. Não é raro encontrar pessoas que trabalham para pagar exclusivamente o cartão de crédito. Para os que estão nessa situação, dá para considerar a possibilidade de ir diminuindo aos poucos o valor do limite e da fatura até se tornar independente desse recurso. Além disso, o pagamento à vista pode render um bom desconto nas compras.

Fonte: Segs