Fatores como a recomposição da renda, a queda dos juros e a aplicação do FGTS inativo no comércio contribuíram para o resultado positivo
O volume de vendas do varejo no estado de São Paulo aumentou 0,8% em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Esta é a primeira vez em 30 meses que o varejo paulista registra saldo positivo, de acordo com pesquisa ACVarejo, feita pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
No primeiro semestre de 2017, houve crescimento de 0,3% em relação aos primeiros seis meses de 2016.
“As quedas vinham diminuindo mês a mês e o varejo paulista chegou à estabilidade, confirmando a recuperação do setor. A direção está apontada para crescimentos mais vigorosos no último quadrimestre do ano, com a continuidade da queda dos juros, a diminuição do desemprego e a recomposição do poder aquisitivo das famílias”, disse o presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti.
A pesquisa é feita com base nos dados do varejo ampliado, que inclui concessionárias de veículos e lojas de material de construção.
Também entram no levantamento os setores de autopeças e acessórios, farmácias e perfumarias, lojas de departamentos, eletrodomésticos e eletroeletrônicos, lojas de móveis e decorações, lojas de vestuário, tecidos e calçados, outros tipos de comércio varejista e supermercados.
Segundo Burti, quatro fatores contribuíram para a melhora do comércio varejista em São Paulo: a recomposição da renda, em decorrência da redução da inflação; a queda dos juros, proporcionando prazos de financiamento mais extensos; a aplicação do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) inativo no comércio; e a menor base de comparação de 2016.
De acordo com a pesquisa, na comparação com junho do ano passado, quatro das nove atividades registraram elevação no volume de vendas, sendo que o maior crescimento foi observado no setor de lojas de departamentos, eletrodomésticos e eletroeletrônicos (21,9%); seguido por móveis e decorações (10,2%); concessionárias de veículos (7,7%) e autopeças e acessórios (6,7%).
No sentido contrário, registraram taxas negativas as lojas de vestuário, tecidos e calçados (-6,9%); outros tipos de comércio varejista (-6,5%); lojas de material de construção (-3,1%); supermercados (-0,7%) e farmácias e perfumarias (-0,4%).
Dez das 16 regiões avaliadas pelo levantamento em junho tiveram aumento nas vendas do varejo quando comparadas a junho de 2016, com destaque para Jundiaí (8,3%), Campinas (5,7%) e Araçatuba (4,6%).
Quando analisadas as vendas no primeiro semestre, as maiores altas foram em Jundiaí (6,9%), Sorocaba/Vale do Paranapanema (4,3%) e Ribeirão Preto/Baixa Mogiana/Franca (3,7%).
Fonte: Exame.com