Atenção para não cair num ciclo vicioso em que se recorre a outros financiamentos para cobrir débitos anteriores
Com o elevado índice de desemprego, o endividamento tende a se intensificar. A renegociação dos débitos é a melhor saída. Mas os endividados têm dificuldade muitas vezes até em saber o valor atualizado da dívida. É importante pedir um extrato detalhado dos cálculos do saldo devedor.
Se tiver dúvidas, peça esclarecimentos ou entre em contato com algum órgão de defesa do consumidor para confirmar se os cálculos estão corretos.
Na negociação dos débitos fique atento para se comprometer com parcelas que vai poder pagar em dia, pois se atrasar o pagamento de qualquer uma delas o acordo cairá por terra.
As vezes, a saída é alongar o pagamento da dívida por mais tempo que o pretendido com parcela que caiba no seu bolso. Mas atenção para não cair num ciclo vicioso em que se recorre a outros financiamentos para cobrir débitos anteriores.
Questionar a dívida na Justiça, alegando cobrança abusiva, pode ser uma opção. Se houver erro no cálculo do saldo devedor, é possível pedir a revisão na Justiça. A cobrança de juros excessivamente altos é considerada vantagem excessiva pelo artigo 39 (inciso V) do Código de Defesa do Consumidor. O CDC (artigo 52) também estabelece que a multa por atraso não seja superior a 2%, e que só possa ser cobrada se não for efetuado o pagamento mínimo.
A saída é negociar a troca de dívidas elevadas, caso dos cartões de crédito e limites do cheque especial, por financiamentos pessoais, que têm taxas mais baixas. Ou pelo empréstimo consignado, se tiver acesso a essa modalidade.
Fonte: Estadão