Em volumes, a previsão é de 6,15 bilhões de peças vendidas, com crescimento de 6,5%
De acordo com estimativas do IEMI Inteligência de Mercado, o varejo de vestuário em 2017 deverá faturar R$ 192,23 bilhões, com crescimento de 8,8% sobre 2016. Em volumes, a previsão é de 6,15 bilhões de peças vendidas, com crescimento de 6,5%. “A perspectiva para o Natal é positiva. Mas para 2018, em função da Copa do Mundo, com possíveis emendas de feriados em dias de jogos, e das eleições, nossas projeções são mais conservadoras”, afirma Marcelo Prado, diretor da empresa.
Para o próximo ano, a estimativa é de um crescimento de 3,2% no volume de vendas do vestuário, chegando a 6,34 bilhões de peças. Já em valores nominais, a expectativa é de uma evolução de 6,3%, o que equivale a R$ 204,34 bilhões.
Estas perspectivas são mais favoráveis do que nos anos anteriores. De acordo com o IEMI, entre 2012 e 2016, a produção de vestuário caiu 7,0% em peças, mas com crescimento de 23,3% em valores nominais. “Nos próximos cinco anos, estima-se o crescimento acumulado de 16,1% para o mercado de moda no Brasil (média de 3,1% ao ano), podendo gerar novo recorde para a produção local em 2021 (6,68 bilhões de peças)”, antecipou o diretor do IEMI.
Principais indicadores do setor, segundo o IEMI
– R$ 177 bilhões em vendas no ano de 2016 (valor líquido sem impostos);
– O varejo físico distribui 92,5% das roupas consumidas no País;
– 155,6 mil pontos de venda especializados em vestuário, sendo 57 mil deles (35%) os que permeiam os 559 shoppings em operação no País;
– Lojas independentes (multimarcas) ainda são o principal canal de varejo do vestuário, em volumes de peças comercializadas, com 36% do total;
– Lojas de departamento especializadas em moda lideram em faturamento (31% do total) e são as que mais crescem no mercado brasileiro.
Em relação ao consumo de moda por poder de compra, o IEMI revelou que pelo novo Critério Brasil, B/C é o principal grupo consumidor seguido por D/E. O público B/C corresponde a 62% da população e 70% do consumo de vestuário.
Comportamento
A crise afetou os hábitos de consumo dos brasileiros. Ao comparar o que mudou com a crise (2014 x 2017), o IEMI constatou quemenos consumidores estão dispostos a comprar; com menos peças por compra (-10%); maior frequência de compra (+8%); e o maior valor gastopor compra (+25%).
“O que chama a atenção é a menor procurapor produtos Básicos, Clássicos e Sérios (-23%) e a maior buscapelo diferente, jovem e despojado, sexy e romântico (+55%). Na crise, o que vende é o novo e atraente, sem ser exótico. Cresceu a busca por produtos mais acessíveis, porém, com mais qualidade e design de produto. O consumidor quer algo que dure mais”, apontou Prado.
Fonte: Segs