Indicador antecedente de emprego aponta recuperação, diz FGV

Em dezembro, o IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, teve alta de 3,1 pontos e atingiu 107,0 pontos

São Paulo – O mercado de trabalho do Brasil encerrou o ano passado mostrando tendência de recuperação nos primeiros meses de 2018, com o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) registrando em dezembro o nível mais alto da série iniciada em junho de 2008.

Os dados informados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira mostraram que em dezembro o IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, teve alta de 3,1 pontos e atingiu 107,0 pontos, no quarto avanço seguido do indicador.

“(O IAEmp) segue refletindo o grande otimismo quanto à recuperação da atividade econômica no país. O índice reflete a expectativa de melhora dos negócios e planos de contratação das empresas nos próximos meses. O elevado nível do índice indica que a geração de postos de trabalho deve avançar ainda mais durante este ano”, disse o economista da FGV/Ibre Fernando de Holanda Barbosa Filho em nota.

As principais influências para o resultado do IAEmp em dezembro foram os indicadores que medem a situação dos negócios para os próximos seis meses, na Sondagem da Indústria de Transformação, e a situação dos negócios atual, da Sondagem de Serviços.

A FGV informou ainda que o Indicador Coincidente de Emprego (ICD), que capta a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho, subiu 1,7 ponto e foi a 100,3 pontos, patamar mais alto desde março.

“O resultado mostra que apesar da redução da taxa de desemprego, a situação do mercado de trabalho continua difícil.

A taxa de desemprego se mantém na casa dos 12 por cento e a geração de vagas continua ocorrendo predominantemente no mercado informal, retratando um mercado de trabalho ainda complicado para o trabalhador”, acrescentou Barbosa Filho.

O número de pessoas empregadas no Brasil atingiu o nível mais alto em dois anos no trimestre encerrado em novembro e a taxa de desemprego caiu para 12 por cento, segundo dados do IBGE. Ainda assim a melhora do mercado de trabalho tem como base a informalidade.

Fonte: Exame.com