O conselho de administração da Caixa descartou, nesta terça-feira (23), uma eventual capitalização do banco com recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
No início do mês, o presidente Michel Temer sancionou uma lei que possibilita a injeção de até R$ 15 bilhões no banco, o que na avaliação de analistas, teria como objetivo apenas elevar o crédito em ano eleitoral.
O banco informou nesta terça que o conselho aprovou a atualização do plano de contingência do banco, o que permitirá que o banco seja capitalizado para cumprir as regras regulatórias de Basileia 3 (acordo internacional que busca dar mais solidez ao sistema financeiro) em 2018 e 2019.
Isso ocorrerá, de acordo com a Caixa, através da recapitalização pelo Tesouro Nacional dos dividendos a serem pagos pelo banco, da emissão de dívida no mercado internacional e de venda de carteiras de crédito.
“Com a atualização do plano, a Caixa assegura o cumprimento do seu planejamento para 2018, incluindo o orçamento previsto para habitação popular, sem a necessidade da emissão de instrumento de dívida junto ao FGTS”, afirmou o banco em nota.
Aliados do governo vinham pressionando pela liberação de recursos do Fundo em ano de eleição, enquanto que membros da equipe econômica defendiam que esta não era necessária.
Fonte: Folha de São Paulo