Resultado fiscal consolidado do setor público e desemprego são os destaques
Passado o furor em torno do julgamento em segunda instância, que confirmou a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex do Guarujá, e com o Congresso ainda em compasso de espera sobre a possibilidade de votar a reforma da Previdência depois do Carnaval, o mercado financeiro volta-se para uma agenda de importantes indicadores econômicos que serão divulgados nesta semana.
Principal foco de preocupação da equipe econômica e dos analistas de mercado, o resultado fiscal consolidado, nominal e primário, de dezembro e de todo o ano de 2017 será divulgado pela Banco Central.
“Mês com forte déficit sazonal, o Resultado Primário do governo central deve registrar déficit ao redor de R$ 25 bilhões, devendo acumular no ano um déficit de R$ 126,9 bilhões, longe da meta para 2017, de R$ 159 bilhões”, diz Thais Marzola Zara, economista-chefe da Rosenberg Associados.
O Banco Central ainda divulgará os dados sobre o estoque de crédito e da inadimplência bancária no mês de dezembro.
O IBGE também publicará informações importantes na semana: os dados do desemprego medidos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, fechando os números de dezembro e do quarto trimestre; e da Pesquisa Mensal da Indústria (PIM) do mês passado e de todo o ano, que deve confirmar a recuperação do setor depois de anos de retração.
Serão conhecidos nesta semana os primeiros indicadores da inflação no ano: o Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fipe.
Nos mercados internacionais, a agenda da semana também está cheia de indicadores importantes. Nos Estados Unidos, o Comitê de Política Monetária (FOMC, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) realiza sua última reunião sob o comando de Janet Yellen, que está deixando a presidência da instituição. Dados sobre o desemprego no país também serão conhecidos. Na Europa, será divulgada a primeira prévia do PIB da Zona do Euro, referente ao quarto trimestre de 2017.
Fonte: Época Negócios