Paralisação começou nesta segunda-feira; categoria reivindica também a saída do atual presidente da estatal e o dissídio coletivo de trabalho
Os funcionários da Eletrobras iniciaram nesta segunda-feira, 11, uma paralisação de 72 horas contra a privatização da companhia e a venda das distribuidoras de energia do grupo. Os eletricitários pedem ainda a saída do atual presidente da Eletrobras, Wilson Pinto Jr.
Os empregados querem o afastamento do executivo por estar, segundo eles, tomando atitudes que vão contra o interesse da companhia e depreciando a imagem da mesma junto à sociedade.
Ferreira Jr. vem se esforçando para vender as seis distribuidoras deficitárias da companhia e as 70 Sociedades de Propósito Especial (SPEs) selecionadas nos segmentos de transmissão e energia eólica, além de promover a capitalização da Eletrobras que vai diluir a participação do governo no capital da empresa.
Até o momento, porém, não conseguiu executar nenhuma venda, mas melhorou as finanças da companhia, o que dá argumentos aos empregados de questionarem a necessidade de prosseguir com a privatização.
Segundo a categoria, a privatização da Eletrobras trará prejuízos ao país e à população com aumento significativo nas contas de luz, com alta que pode chegar a 30%.
Os profissionais pleiteiam também o dissídio coletivo de trabalho que venceu em maio.
No sábado, 9, o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Mauricio Godinho Delgado, determinou que sejam mantidos em serviço 75% dos empregados de cada uma das empresas componentes do Sistema Eletrobras durante greve.
O porcentual , decidiu o ministro, deve ser observado em proporcionalidade às funções dos trabalhadores a partir da primeira hora de segunda-feira e durante todo o período da paralisação. A multa diária por descumprimento da determinação será de 100 mil reais por entidade sindical.
Fonte: Veja