Endividamento deve ser controlado

Tudo começou por acaso, quando, ainda na década de 70, “seu” Vladimir Ienne, vulgo Mimi, recebeu encomenda de churrasco para grande festa na região de Vinhedo, em São Paulo. Resolveu inovar e montou os pedaços de carne em pequenos espetos. Foi um sucesso.

Surgia o Espetinhos Mimi, em hastes de madeira, que, em contato com o fogo da churrasqueira, davam gosto especial ao assado. O negócio prosperou e, posteriormente, foi adquirido pelo empresário Fausto Martins Borba Junior, atual diretor da empresa. As vendas cresceram, com base na unidade industrial, que produz em média um milhão de espetinhos por mês. Os pontos de venda também se expandiram por meio do sistema de franchising, a partir de 2002. Hoje a marca conta com rede de 40 lojas franqueadas, em São Paulo e no Rio de Janeiro.

A meta é crescer mais e Fausto se prepara para a abertura, no segundo semestre, de quatro novas lojas franqueadas em praças de alimentação de shopping center no Rio. Para o processo de expansão, o empresário conta com linhas de financiamento a franquias, oferecidas principalmente pelo Bradesco e Santander, com os quais ele tem negociações específicas como franqueador. “Quando o franqueado entra no negócio ou quando já tem a franquia e precisa captar recursos para capital de giro ou para abrir uma segunda unidade, é na franqueadora que o banco vai buscar informações adicionais sobre o perfil do candidato ao crédito”, explica o diretor da Espetinhos Mimi. Dessa forma, o franqueador funciona como uma espécie de “chancela” para o franqueado, “numa relação que contribui, muitas vezes, para redução de custos do financiamento”, diz ele.

Segundo o empresário, o investimento total na franquia da marca é de R$ 300 mil e a taxa média de retorno é de 24 meses. Pelo modelo de negócios, a participação do financiamento não pode superar 50% do valor a ser investido. “O controle do nível de endividamento visa a segurança financeira do próprio franqueado”, destaca Fausto. O prazo é de até 60meses, com seis de carência e juros entre 1,2% e 1,4% ao mês.

Fonte: Valor Econômico