Índice de consumidores que pretendem efetuar uma compra de bens duráveis entre julho e setembro é de apenas 1%
O índice de consumidores que pretendem efetuar uma compra de bens duráveis no período de julho a setembro de 2018 é de apenas 1% no varejo ampliado (que inclui automóveis e material de construção), segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar), em parceria com o Programa de Administração do Varejo (Provar), E-bit e Epistemycs. Cláudio Felisoni, presidente do Ibevar, diz que o dado reflete a desconfiança dos consumidores com relação ao emprego, ao repique de inflação, a alta dos juros e ao cenário eleitoral incerto.
“As pessoas estão temerosas em comprometer o seu orçamento com gastos”, afirma Felisoni.
Segundo a pesquisa, a previsão de intenção de compra do consumidor virtual para o terceiro trimestre é de 88,90%, melhor resultado apresentado nos últimos 3 anos. O número representa um aumento de 5,2% em relação ao mesmo período de 2017. No entanto, comparado com o trimestre anterior (abril a junho de 2018), há uma alta de apenas 0,34%.
s categorias que apresentam os maiores índices de intenção de compra são artigos de uso pessoal e doméstico (1,39%), artigos farmacológicos, médicos, ortopédicos e perfumaria (1,03%), hipermercados, produtos alimentares, bebidas e fumo (0,65%), materiais de construção (0,43%), escritório, informática e comunicação (0,41%) e automóveis, motos, partes e peças (0,16%). Alguns setores, no entanto, não apresentaram crescimento, entre os quais tecidos, vestuário e calçados (-0,03%), combustíveis e lubrificantes (-0,07%), móveis e eletrodomésticos (-0,11%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-1,48%).
A pesquisa mostra ainda que com relação ao rendimento real mensal houve um aumento de 2,95% nos últimos 12 meses, que se refere ao período de março de 2017 até março de 2018.
A intenção de compra apurada pela pesquisa levou em consideração previsões econométricas (renda real, taxa de juros, prazo médio e inadimplência), previsões da E-bit baseadas em questionários respondidos por e-consumidores sobre intenção de compra de categorias específicas; e em previsões da Epistemics baseadas em manifestações de compra coletadas no Youtube a respeito de produtos representativos de determinadas categorias.
Fonte: Estadão