Medo do desemprego cai no País diante de perspectivas com novo governo, aponta CNI

Pelo estudo, o índice caiu 10,7 pontos porcentuais entre setembro e dezembro do ano passado, ficando em 55 pontos, na maior queda do indicador desde 1996

BRASÍLIA – O brasileiro terminou 2018 mais confiante em relação ao emprego no País e mais satisfeito com a vida. É o que mostra levantamento trimestral divulgado nesta quinta-feira, 10, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Pelo estudo, o Índice do Medo do Desemprego caiu 10,7 pontos porcentuais entre setembro e dezembro do ano passado, ficando em 55 pontos. É a maior queda observada no indicador desde o início da série histórica, em maio de 1996.

“O resultado positivo reflete o otimismo e a confiança que a maioria da população deposita no novo governo, e também a percepção crescente de superação da crise econômica, com perspectiva de aumento do crescimento econômico e queda do desemprego”, cita o documento.

Segundo a pesquisa, o medo do desemprego caiu em todas as regiões do País. O maior recuo foi na Região Sul, com queda de 16,9 pontos no período, passando de 62,7 pontos em setembro para 45,8 pontos em dezembro. As Regiões Norte e Centro-Oeste, analisadas em conjunto no levantamento, registram a segunda maior queda no indicador, de 12,9 pontos, ficando com 48 pontos em dezembro. No Nordeste, o índice teve retração de 9,8 pontos, indo para 63,3 pontos em dezembro. E o Sudeste registrou a menor queda, de 8,3 pontos, ficando em 55,8 pontos em dezembro.

“O otimismo aumentou, mas não podemos esquecer que a retomada da economia se mostra muito lenta e o desemprego continua elevado”, pondera o gerente executivo de Pesquisas da CNI, Renato da Fonseca. Ele acrescentou, no entanto, que a queda do medo de perder o trabalho ajudará a incrementar o consumo e, consequentemente, a produção.

Pelo levantamento da CNI, o Índice de Satisfação com a Vida também melhorou em todas as regiões do País entre setembro e dezembro passados, com alta de 2,7 pontos, a maior da série iniciada em maio de 1999. A Região Sul apresentou também o maior aumento na satisfação com a vida no período (+ 3,6 pontos), seguida de Nordeste (+ 3 pontos), Sudeste (+ 2,7 pontos) e Norte/Centro-Oeste (+ 1,5 ponto).

A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 127 municípios entre 29 de novembro e 2 de dezembro do ano passado.

Fonte: Estadão