Plenário também validou as indicações de Bruno Fernandes e João de Mello para a diretoria da autoridade monetária. Flávia Perlingeiro presidirá a CVM
O plenário do Senado Federal aprovou nesta terça-feira (26), com 55 votos favoráveis, 6 contrários e uma abstenção, a indicação do economista Roberto Campos Neto como substituto de Ilan Goldfajn na presidência do BC (Banco Central).
Mais cedo, Campos Neto havia sido sabatinado pelos membros da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado e teve seu nome aprovado por todos os 26 senadores que compõem o colegiado.
Durante a sabatina na Comissão, Campos Neto garantiu que vai atuar pela estabilidade do real e controle da inflação. Ao citar especificamente o sistema financeiro, ele afirma que, apesar da concentração, ainda há competição.
O novo presidente do BC ainda destacou a necessidade da aprovação de reformas estruturais para recuperar a economia nacional. “O Brasil precisa avançar na estratégia de ajustes e reformas. Em particular, mas não apenas, na reforma da Previdência”, afirmou aos senadores na CAE.
Também tiveram seus nomes aprovados Bruno Serra Fernandes e João Manoel Pinho de Mello, que assumirão as diretorias de Política Monetária e de Organização do Sistema Financeiro da autoridade monetária nacional, respectivamente.
Para a presidência da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a indicação de Flávia Martins Sant’anna Perlingeiro foi aprovada pelos senadores com 56 votos favoráveis e 6 contrários.
Perfil
Neto do economista Roberto Campos, ministro do Planejamento no governo do general Castelo Branco e um dos principais expoentes brasileiros do pensamento liberal na economia, Campos Neto chegará à presidência do BC figura no quadro de executivos do Banco Santander há 16 anos.
Atualmente, Roberto de Oliveira Campos Neto é responsável pela Tesouraria da instituição. Formado em economia, ele tem especialização em Finanças pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles, e é reconhecido por alguns no mercado por seu perfil técnico.
Campos Neto iniciou a carreira no banco espanhol como chefe da área de renda fixa internacional, cargo que ocupou de 2000 a 2003. No ano seguinte, migrou para a gestora Claritas, onde ocupou a posição de gerente de carteiras.
Em 2005, voltou ao Santander como operador e em 2006 foi chefe do setor de trading. Quatro anos mais tarde, passou a ser responsável pela área proprietária de tesouraria e formador de mercado regional e internacional.
Fonte: R7 Economia