Nos shoppings populares, com concentração maior de classes C e um pouco de B, o tíquete médio ficou entre R$ 75 e R$ 90. Já nos shoppings com maior concentração de classes A e B, a média do gasto ficou em torno de R$ 170 e R$ 200.
Para o diretor institucional da Alshop, Luís Augusto Ildefonso da Silva, a queda no faturamento se dá pela menor predisposição do consumidor em fazer dívidas, especialmente em carnês e cartões de crédito.
A pesquisa aponta que os segmentos de maior destaque em vendas foram os de roupas, calçados, acessórios, perfumes, cosméticos, chocolates e o consumo nos restaurantes. Prevaleceu ainda o pagamento à vista – em dinheiro ou cartão de débito. Equipamentos eletrônicos como os celulares, que já tiveram importante participação na data, perderam espaço este ano.
“O levantamento mostra que a recuperação tem sido lenta e por isso os consumidores voltaram a manter uma postura mais cautelosa”, diz, em nota divulgada pelo Ibre/FGV, a coordenadora das Sondagens, Viviane Seda Bittencourt.
Se está propenso a gastar menos com o presente de Dia das Mães, o consumidor brasileiro, pelo menos, encontrará preços mais comportados na comparação com ano passado. Considerando os dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da FGV, na média, os preços dos presentes subiram 1,92% entre maio de 2018 e abril de 2019, em relação aos 12 meses imediatamente anteriores. A variação ficou abaixo da inflação medida pelo IPC, que foi de 5,19% no período.
O pesquisador Igor Lino, do Ibre/FGV, compôs a inflação média dos presentes com uma lista de 21 produtos. O presente que ficou mais caro foi a geladeira, com alta de 6,85%. Perfumes, aparelho de som e TVs ficaram mais baratos. O destaque foi o aparelho de TV, cujo preço caiu 4,67% no período.
Os preços de roupas femininas ficaram comportados, com alta de 1,97% entre maio de 2018 e abril de 2019. Conforme a pesquisa especial da Sondagem do Consumidor, 52,3% dos entrevistados pretendem dar roupas de presenta no Dia das Mães.