Especialista apresenta técnicas e ferramentas utilizadas por experts do mercado financeiro, para que você possa gerir seu dinheiro de forma inteligente e aumentar seu patrimônio12
– 6 em cada 10 brasileiros não têm planejamento financeiro (SPC e CNDL);
– Dos 42% que se planejam: 32% usam cadernos ou agendas, 15% planilhas no computador e 4% aplicativos (2017);
– As principais justificativas alegadas na deficiência do planejamento financeiro pessoal são: falta de hábito (45%) e ausência de renda fixa (19%);
– Apenas 21% afirmaram terminar o mês com dinheiro para investir;
– Somente uma das plataformas de investimento com sistema mobile tem R$ 300 milhões de ativos sob gestão e 60 mil clientes cadastrados;
– Celular é o canal favorito dos brasileiros para serviços bancários. 9,5 milhões utilizam o mobile banking em 80% das transações. Grandes bancos e corretoras oferecem diversos tipos de investimentos por meio do smartphone;
– Banco Central disponibiliza a Calculadora Cidadã para quem planeja fazer um financiamento calcular os juros que serão cobrados.
Se você sair nas ruas e perguntar “quem gostaria de ficar rico e gastar dinheiro?”, com certeza uma grande quantidade de pessoas responderia “eu”. Agora, se a pergunta fosse “quem gostaria de guardar dinheiro, listar as contas do mês e montar uma estratégia para “salvar uma graninha”?”, as respostas seriam bem diferentes. “É natural do ser humano evitar o que lhe parece pouco prazeroso. O que muita gente não se dá conta, é que finanças pessoais têm muito a ver com comportamento. Talvez mais até do que matemática e fórmulas exatas”, revela o master coach e empresário Villela da Matta, presidente da SBCoaching.
Inicialmente, o especialista se refere a uma grande massa de pessoas que sequer realiza a administração básica de seus recursos. Gente que não tem ideia de quanto são seus gastos mensais, quanto pode comprometer do orçamento na parcela de um bem durável ou imóvel. “São pessoas que vivem à mercê de ofertas, imprevistos e o que consideram ‘oportunidades imperdíveis’. Com isso, suas finanças estão sempre no limite ou até mesmo no vermelho. Mais uma vez temos influência do comportamento em algo, supostamente, tão exato, como as contas do mês”, explica Villela.
Os passos para a execução desta administração básica são facilmente encontrados em inúmeros sites. Assim, Villela da Matta cita uma tendência muito forte para as finanças pessoais e que tem total influência no comportamento humano: a tecnologia.
“A transformação digital está para o século XXI como a revolução industrial esteve para o século XVIII. Os meios estão mudando o comportamento de toda a sociedade. Desta forma, o desenvolvimento e uso de aplicativos, com a finalidade de agregar benefícios às finanças das pessoas, estão gerando novas formas de pensar. É aí que surge a gestão proativa do dinheiro”.
Gestão proativa do dinheiro: o que é?
Enquanto a administração básica envolve a criação de um budget, previsão de gastos e economia, considerando vários riscos e eventos futuros, a GPD (gestão proativa do dinheiro) refere-se a investimentos ou compras feitos, principalmente, por “gatilhos acionados por dados” obtidos em aplicativos de ponta. A grande maioria destes deles utiliza a inteligência artificial como base tecnológica.
“Para ser bem-sucedida, a pessoa tem que ter consciência do seu comportamento, da influência dele em sua situação financeira, do quanto é fundamental ter disciplina e talvez até alterar algumas características incompatíveis com o ato de poupar e prosperar. Aí, como essa nova era de aplicativos, que são as ferramentas do futuro, ela tem todo o subsídio para construir um patrimônio. Mas comportamento e disciplina são fundamentais”
A seguir, Villela da Matta dá três dicas de como usar a tecnologia a favor das suas finanças:
Rastreie dados para identificar áreas onde você pode economizar: Vários aplicativos de gerenciamento de dinheiro usam AI(inteligência artificial) para rastrear seus dados comportamentais, como: onde você come, quantas vezes come e quantas vezes vai fazer compras, entre muitos outros hábitos e produtos. Com base nas informações coletadas, estes aplicativos informam, de forma personalizada, onde você pode economizar dinheiro.
Ao investir, tenha uma visão automatizada de insights de dados: Quando se trata de investimento em ações, todo mundo gosta de comprar e não de vender. Já se o assunto é o gerenciamento de dinheiro, os aplicativos baseados em AI oferecem uma percepção automatizada de dados que elimina a adivinhação.
Por exemplo, a plataforma de pesquisa de uma empresa líder em gerenciamento de ativos criou um sistema que emite sinais quando você pode começar seu plano de investimento sistemático (SIP) ou dobrar o valor com base em avaliações de mercado.
Forneça informações para uma ação segmentada: com a personalização, o mantra de sucesso da nova era, aliado ao fato de que o investimento e o gerenciamento de dinheiro não seguem uma mesma linha, os aplicativos com AI oferecem insights e conselhos que permitem tomar ações sob medida para se adequar à situação.
Por exemplo, com base em seus gastos e hábitos de poupança, você obtém conselhos sobre os caminhos que pode investir para atender às suas necessidades de estilo de vida, alinhando-se ao seu apetite de risco e horizonte de investimento. Ao fornecer dados em tempo real e acompanhar todos os hábitos financeiros, os apps respondem às suas perguntas e apresentam soluções quase que instantaneamente.
Estamos em um processo. Não é que basta você baixar meia dúzia de aplicativos para ganhar seu primeiro milhão em um ano. “Quando falamos de finanças, mesmo que pessoais, precisamos de um olhar amplo. Reconhecer e utilizar os benefícios das novas tecnologias é diferente de se tornar refém destas ferramentas. Você é o ser soberano nesta estratégia toda. E como mostram as pesquisas, se você está neste ponto, está numa parcela bem pequena da população”, finaliza o especialista Villela da Matta.
Fonte: Segs