O lucro somado dos três maiores bancos privados do país — Itaú Unibanco, Bradesco e Santander — totalizou R$ 17,131 bilhões entre abril e junho. A cifra representa aumento de 17,85% em relação ao segundo trimestre de 2018.
A aposta no crédito mais focado nos segmentos de varejo, em que os spreads são mais elevados, contribuiu com o resultado das três instituições financeiras. O volume de operações cresceu, no primeiro semestre, num ritmo inferior ao previsto para o ano. No entanto, Itaú e Bradesco mantiveram seus guidances, sugerindo uma melhora na segunda metade de 2019. O Santander não divulga projeções.
O desempenho do crédito a pessoas físicas e pequenas empresas foi o denominador comum, mas os resultados também refletem as fortalezas de cada banco.
No caso do Bradesco, um importante propulsor do lucro foi o resultado de seguros, que somou R$ 3,594 bilhões no segundo trimestre — alta de 11,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
No Itaú, fizeram diferença o resultado de operações com o mercado, incluindo tesouraria, o controle de despesas e um crescimento expressivo na receita com administração de recursos. Essa rubrica cresceu 14,9%, chegando a R$ 1,27 bilhão no segundo trimestre, e ajudou a compensar o impacto da retração em adquirência.
No Santander, destacou-se o crescimento da receita de serviços, especialmente vinda de cartões, adquirência, seguros e serviços de conta corrente.
Fonte: Valor Econômico