No Radar InfoMoney desta quinta-feira (08) destaque para o aumento de 36,8% no lucro do Banco do Brasil, que atingiu R$ 4,4 bilhões.
Banco do Brasil
O Banco do Brasil reportou lucro líquido ajustado do segundo trimestre deste ano de R$ 4,4 bilhões, cifra 36,8% maior se comparado ao segundo trimestre de 2018. O resultado foi influenciado pelos aumentos da margem financeira bruta e das rendas de tarifas além do controle de custos, que desempenharam abaixo da inflação, destaca a empresa.
A carteira de crédito ampliada totalizou R$ 686,6 bilhões ao final de junho, queda de 0,4%, na comparação com junho de 2018. No mesmo período, a carteira PF ampliada cresceu 7,8% (+R$ 14,7 bilhões), fruto do desempenho positivo em crédito consignado (+R$ 6,0 bilhões), em empréstimo pessoal (+R$ 4,8 bilhões) e financiamento imobiliário (+R$ 2,5 bilhões).
A carteira de crédito classificada PJ retraiu-se 7,8% em junho ante igual mês do ano passado, principalmente pelo volume de amortizações no segmento de grandes empresas (-R$ 17,0 bilhões). No segmento MPME, que considera clientes com faturamento anual de até R$ 200 milhões, destaque para o crescimento de 37,1% na linha capital de giro (+R$ 6,9 bilhões).
O crédito rural apresentou desempenho positivo de 0,7% (+R$ 1,1 bilhão), com destaque para as carteiras de FCO Rural (+R$ 2,6 bilhões), Investimento Agropecuário (+R$ 2,5 bilhões) e Pronaf (+R$ 231 milhões). O BB desembolsou R$ 82,3 bilhões no Plano Safra 2018/2019, aumento de 2,4% em relação ao plano anterior.
O índice de inadimplência de mais de 90 dias (relação entre as operações vencidas há mais de 90 dias e o saldo da carteira de crédito classificada) alcançou 3,25% em junho de 2019. Ao desconsiderar o efeito de um caso específico, o índice seria de 2,61%.
Em junho de 2019, o índice de Basileia foi de 18,6% e o índice de capital nível I de 13,4%, sendo 10,01% de capital principal.
Segundo o analista do Morgan Stanley, Jorge Kuri, os resultados operacionais do Banco do Brasil vieram mais fracos do que o esperado (12% abaixo das estimativas do banco). Os números foram impactados pela mais baixa recuperação do crédito e aumento das provisões. Do lado positivo, os empréstimos no varejo subiram 15% na comparação anual. “Empréstimos a pessoas físicas cresceram 2% em relação ao trimestre passado e 8% na comparação com o mesmo período do ano passado”, destaca.