Preço da ação da Petrobras pode dobrar com privatização, diz Bradesco BBI
Privatizações
O conselho do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) aprovou ontem a privatização de nove empresas e reiterou a presença de outras sete no programa.
Entre as novas companhias estão a Serpro, Dataprev, ABGF, Lotec, Emgea, Ceitec, Telebras, Correios e Codesp. Outras já estavam na lista, como Eletrobras e Casa da Moeda.
O ministro da infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse que os projetos ainda passarão por estudos para analisar o melhor modelo.
Petrobras
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, tem reunião prevista com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, hoje no Rio de Janeiro. O encontro está incluído na agenda de compromissos do ministro.
A reunião está prevista para às 17h. Não foi informado o tema do encontro.
Também no Rio de Janeiro, o ministro deve se reunir às 16h15 com representantes da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
Sobre a possibilidade de privatização da companhia, o preço das ações da Petrobras poderia dobrar, segundo o Bradesco BBI.
Os analistas do banco calculam que o recibo de ação da estatal negociados em Nova York poderiam chegar ao valor aproximado de US$ 25.
A equipe de análise do Bradesco BBI acredita que o formato para privatizar a Petrobras provavelmente envolveria a unificação das ações com direito a voto em alguma proporção acordada com o governo federal, atualmente dono 28,7% do total de ações, sendo 50,3% de ações ordinárias, e o BNDES, que obtém 13,9% do total de ações, com 10% das ações ordinárias.
Segundo o BB, a informação consta em nota divulgada pelo Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e sua eficácia “depende de aprovação do Poder Executivo”.
O plano do governo é vender 20.785.200 ações do BB. Considerando o valor de fechamento do papel ontem, de R$ 46,97, a operação pode movimentar R$ 976,3 milhões.
Cielo
O conselho de administração da Cielo aprovou um novo programa de recompra de ações – em complemento ao anunciado em fevereiro – para que possa cumprir seu programa de remuneração de executivos. Serão recomprados até 400 mil papéis, entre 2 e 10 de setembro.
“Os membros do conselho entendem que a situação financeira atual da companhia é compatível com a possível execução dos programas nas condições aprovadas e se sentem confortáveis de que a recompra de ações não prejudicará o cumprimento das obrigações assumidas com credores nem o pagamento de dividendos obrigatórios mínimos”, diz a Cielo.
Segundo a companhia, essa conclusão resulta da avaliação do potencial montante financeiro a ser empregado no programa, “levando-se em consideração o nível de obrigações assumidas com credores, possuindo plena capacidade de pagamento dos compromissos financeiros assumidos; e o fato de que as operações da companhia são fortes geradoras de caixa”.
Klabin
A Klabin informou hoje que transitou em julgado decisão que acolhe o pedido da companhia de excluir o ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins. A decisão considera créditos fiscais desde abril de 2002, cujo os cálculos, diz a companhia, chegam ao montante de cerca de R$ 1 bilhão.
A empresa informa que após a confirmação final do valor, os créditos serão registrados nas demonstrações financeiras referentes ao terceiro trimestre de 2019, cuja divulgação está prevista para 28 de outubro de 2019.
Oi
O termo de compromisso que estabelece a forma como se dará a transição no comando da Oi ainda aguarda manifestação do Ministério Público estadual antes de seguir para análise do juiz Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, onde corre o processo de recuperação judicial da operadora, disse uma fonte ao Valor.
O Itaú BBA reduziu o preço-alvo da ação ordinária da Oi de R$ 2 em 2019 para R$ 1 em 2020. De acordo com os analistas, o corte é motivado pelo fraco resultado da companhia no primeiro e no segundo trimestre de 2019. O banco, porém, reiterou a recomendação de compra.
A fragilidade da Oi após a divulgação dos resultados financeiros do segundo trimestre de 2019, levou o Credit Suisse a reduzir em 30% o preço-alvo das ações ordinárias operadora de telecomunicações, de R$ 1 para R$ 0,70. A recomendação da equipe de análise para o ativo foi mantida em venda.
Gerdau e Usiminas
O presidente da Gerdau, Gustavo Werneck, disse, durante o Congresso Aço Brasil, que o crescimento do mercado doméstico no próximo ano pode não ser como o esperado anteriormente. Segundo ele, o país tem que resolver problemas de competitividade para que possa ter um desempenho econômico melhor nos próximos anos.
“O mercado doméstico vai crescer mas não no ritmo que gostaríamos, por isso as exportações são tão importantes, principalmente para a Gerdau, para mantermos as nossas operações saudáveis no país. Não queremos demitir ninguém e nem fechar unidades”, disse Werneck.
Também durante o evento, o presidente da Usiminas, Sergio Leite, disse, que a usina de laminados opera somente com 40% de sua capacidade, acompanhando o comportamento das siderúrgicas brasileiras.
Indusval
O conselho de administração do Indusval confirmou a emissão de no mínimo R$ 55,2 milhões em letras financeiras, dividida em duas sérias. A primeira, de R$ 25,2 milhões, já foi realizada e homologada pelo colegiado do banco. A segunda, deve ficar entre R$ 30 milhões e R$ 35,100 milhões.
Um dos acionistas controladores do banco, Roberto de Rezende Barbosa, mediante exercício do seu direito de preferência e da cessão do direito de preferência dos acionistas Manoel Felix Cintra Neto, Luiz Masagão Ribeiro e Jair Ribeiro da Silva Neto, comprometeu-se a subscrever e integralizar as letras financeiras da segunda emissão no montante equivalente ao valor mínimo.
MX
O juiz da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro decretou a falência da MMX Mineração alegando que os credores mais importantes não aprovaram a proposta de recuperação judicial. A empresa informou que não foi notificada.