Modalidade é preferida das famílias na aquisição de produtos de consumo massivo; uso supera a média da América Latina

“Se um ladrão me roubar só vai encontrar cartões”, conta, rindo, a professora de Educação Física Carolina Vieira.

Adepta do “dinheiro de plástico”, ela diz que raramente saca dinheiro para fazer pagamentos ou compras, dada a popularidade das maquininhas de crédito e débito.

“Hoje em dia, todo mundo aceita cartão. E se não aceita, não compro”, relata.

O uso de cartões é preferência nacional. Segundo levantamento da Kantar, 65% das famílias compram produtos de consumo massivo – itens de primeira necessidade e preço reduzido, como detergentes e itens de higiene – no cartão. Na América Latina, o uso atinge 45% das famílias.

Gasto no cartão é maior

A pesquisa também revelou que os brasileiros que pagam com cartão gastam mais: R$ 73, contra R$ 41 nos pagamentos em dinheiro.

“No Brasil, as despesas com bens de consumo massivo representam 28% dos gastos das famílias e é importante observar a maneira como pagam por elas. Apesar de usarem o cartão menos vezes, os valores gastos a cada ida ao ponto de venda são maiores com o dispositivo”, analisa Giovanna Fischer, diretora de marketing e insights da Kantar.

Foi na esperança de conquistar essa clientela que não carrega dinheiro no bolso, que o vendedor de água de coco Juciel Bezerra decidiu adotar as maquinhinhas. Segundo ele, 70% dos 100 litros que vende diariamente são pagos com cartão de crédito.

“Quando abri a banca, em 2016, só aceitava dinheiro. Dois meses depois, peguei uma maquininha  e meu faturamento triplicou. Se eu não tivesse aderido à tecnologia, teria quebrado. Hoje meus clientes querm pagar aproximando o celular”, comenta.

O vendedor garante que não faz cara feia para passar cartão para o produto mais barato da banca, a garrafinha de R$ 5.

“O cliente bem atendido que compra R$ 5 hoje, amanhã, pode comprar R$ 50”, ensina Bezerra.

Fonte: Destak Jornal