A redução ocorreu depois que o governo fixou um teto para os juros dessa modalidade de crédito e após a pandemia atingir a economia
O estoque de crédito no cheque especial contratado pelo conjunto de instituições financeiras encolheu em 24,2% no último ano, mostram estatísticas do Banco Central. A redução ocorreu depois que o governo fixou um teto para os juros dessa modalidade de crédito e após a pandemia atingir a economia.
O Banco Central tem várias hipóteses que ajudam a entender essa queda, mas por enquanto nenhuma definitiva. Grandes bancos relataram a redução da demanda por essa linha de crédito, o que em tese pode ser um reflexo do aumento de renda e da poupança da população provocada pelo pagamento do programa de renda emergencial e pela retração do consumo nas faixas de renda mais alta.
Embora o recuo coincida com a adoção, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de um teto de 8% ao mês, em vigor a partir de 6 de janeiro, para os juros dessa modalidade de crédito, a autoridade monetária afirma que não há elementos que confirmem os bancos tenham restringido crédito em resposta ao limite.
O crédito rotativo do cartão de crédito tem características muito semelhantes ao cheque especial, por ser uma linha emergencial, mas teve uma queda menos expressiva no período, de 10%.