Uma pesquisa realizada pela Quanto em parceria com a Constellation aponta que a tendência entre os usuários de smartphone no Brasil é manter diversas contas bancárias — com os jovens priorizando uma fintech no dia a dia. Ao todo, 16 instituições foram mencionadas pelos entrevistados, incluindo os cinco maiores bancos do país.
Entre os entrevistados, 75% possuem conta em mais de um banco, e 70% têm uma conta em uma fintech. No geral, um em cada quatro mudou de instituição financeira no último ano.
Além disso, as gerações mais novas não são tão fiéis aos bancos: das pessoas com menos de 30 anos, apenas 27% mantiveram a mesma conta bancária como principal por mais de 3 anos — versus 67% do público com mais de 50 anos no mesmo período.
Para Eduardo Dumans, sócio da Constellation, a pesquisa levanta um ponto de atenção para as instituições financeiras tradicionais. “Ficou evidente que a concorrência está cada vez mais acirrada, e os bancos tradicionais vão precisar correr para não ficar para trás na disputa pelos clientes ‘do futuro’ “, afirma.
Um exemplo de fintech em franco crescimento é o banco Next que, neste ano, iniciou uma estratégia mais agressiva de atração de usuários e superou a marca dos 5 milhões de clientes. “Termos chegado a 5 milhões no final de maio sinaliza que estamos no caminho certo”, afirma Renato Ejnisman, CEO do Next.
Apesar disso, a fintech em maior destaque é inegavelmente o Nubank. O maior unicórnio do Brasil é a instituição é top of mind no segmento, sendo o banco com melhor penetração (47%) entre os entrevistados pela pesquisa. O Nubank ainda é o principal banco de 22% dos questionados.
Entre os novos entrantes, o Inter é a segunda fintech mais bem posicionada, com 21% afirmando ter conta no banco, além de ser top of mind para 5% e a conta principal para 6% dos entrevistados.
Maioria nunca fechou uma conta em banco
Apesar da abertura de novas contas, metade dos entrevistados afirmou nunca ter fechado uma conta bancária, e a maioria cita como motivo o medo de perder o histórico financeiro — um dado crítico para obtenção de crédito ou financiamentos — com 62% afirmando que preferem o banco digital, mas têm a conta no banco tradicional para manter as informações sobre movimentações financeiras.
“A resistência da maioria dos brasileiros de encerrar sua conta pelo medo de perder seu histórico bancário é compreensível, e reforça a importância do Open Banking. Para solucionar isso, é preciso empoderar o consumidor para que ele tenha domínio dos seus próprios dados, de forma confiável e segura, independente do banco que os originou e se ele é cliente ou ex-cliente de uma instituição”, explica Ricardo Taveira, fundador e CEO da Quanto.
Fonte: Best Performance News