Um mês após testar o mercado com uma primeira venda de R$ 3,6 bilhões em créditos podres (dívidas vencidas e não pagas) de clientes pessoas físicas, o Itaú Unibanco deu largada a mais um movimento para liquidação desses ativos. A nova oferta é composta por dez carteiras com um valor contábil de R$ 2,3 bilhões.
Entram aí mais de 800 mil contratos de empréstimos rotativos e consignados, entre outros, com atraso médio no pagamento de 3,5 anos. Anteriormente, o Itaú fazia a venda dessas carteiras “dentro de casa”, ou seja, para a Recovery, empresa de recuperação de crédito do Itaú Unibanco. Entre os grandes bancos, ele era um dos únicos que não havia vendidos créditos vencidos para outras casas.
Os bancos tiveram piora significativa no volume de créditos em atraso desde o fim do ano passado e, como esse mercado está mais amadurecido, as desovas vêm aumentando. Nos três primeiros meses do ano, os créditos vencidos entre 90 a 180 dias subiram 12,5% nos cinco maiores bancos, alcançando R$ 28 bilhões.
Procurado, o Itaú disse que “cessões de carteira fazem parte das operações normais do banco, e serão efetivadas quando houver benefício econômico”
Fonte: O Estado de São Paulo