O Bradesco vendeu ontem, dia 15, uma carteira de crédito vencido, conhecida popularmente como crédito podre, de valor de face de R$ 800 milhões. O leilão da carteira foi feita em lotes e, ao final, a Return Capital, empresa de recuperação de crédito do Santander, abocanhou mais da metade. O restante foi dividido pela Recovery, do Itaú Unibanco, e pela Ativos, do Banco do Brasil. A venda foi relativa à carteira de pessoa física, mais especificamente de cartões de crédito, como os que a instituição financeira possui junto a empresas como a Losango ou com lojas de departamento. A última venda desse tipo de carteira foi realizada em março, antes da pandemia, e agora há uma indicação de retomada desse mercado. Procurado, o Bradesco disse que foi um “processo natural de venda de carteira do banco”. Já Return Capital, Recovery e Ativos não comentaram.
Gira, gira. Esse mercado, historicamente, tem uma conotação negativa no Brasil, mas na verdade ele faz parte do ciclo de vida do crédito, tendo um efeito positivo no custo do mesmo. Do lado do banco, a venda pode reverter a provisão feita para a proteção contra calotes, liberando recursos para novas operações.
Fonte: Estado de São Paulo