Entre os efeitos negativos do enfraquecimento da atividade econômica no segundo semestre está a redução na capacidade de renegociação e recuperação de dívidas vencidas entre empresas. É o que mostra o Indicador de Recuperação de Crédito do Serasa Experian, que mede as dívidas pagas em até 60 dias após um calote. Em outubro de 2021, o indicador foi de 44,6%, o pior resultado do ano. Em agosto e setembro, ficou em 49,5% e 47%, respectivamente.
Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, a piora na capacidade de recuperação das dívidas começou pelo setor não financeiro. Prestadores de serviços em geral têm tido mais dificuldade em recuperar o crédito (33,2%), assim como o setor de telefonia (12,9%). O histórico sugere que a piora da inadimplência começa pelo setor não financeiro e, depois, avança para o bancário e de cartões.
Além do enfraquecimento da atividade econômica, a inflação atrapalhou a recuperação do crédito. A alta de preços na economia faz com que o Banco Central tenha de subir a taxa básica de juros para segurar os preços e os descontos para quitar dívidas acabam mais escassos.
Fonte: Estado de São Paulo