Estudo realizado pela Teads e Kantar evidenciam que formatos digitais de pagamentos são mais importantes no Brasil do que no restante da região LATAM
2021 foi um ano decisivo para as fintechs – o que há alguns anos parecia um pequeno nicho da indústria de tecnologia se tornou o setor com os maiores aportes financeiros do mercado. Só no ano passado, a área atraiu 20% de todo o capital de risco investido, o que representa mais de US$ 130 bilhões em investimentos. As IPOs também aumentaram exponencialmente: o número desse tipo de empresa que abriu capital nas bolsas globais triplicou em comparação com 2020.
As projeções para este ano seguem em alta. Segundo estudo da idwall, plataforma gerenciadora de riscos dentro do ambiente digital, o Brasil terá 4,5 contas digitais abertas para cada pessoa economicamente ativa do país, totalizando 184 milhões de contas digitais abertas até o final de 2022, um montante 15% superior ao ano anterior. Já dispomos, em nosso país, do maior ecossistema fintech da América Latina – sendo São Paulo a cidade com o quarto maior do mundo.
Tal intensidade no crescimento é reflexo de uma mudança de comportamento da população que, cada vez mais, está procurando alternativas de produtos e serviços, entre eles os de aplicações bancárias, que se adaptem às suas necessidades e estilos de vida. Buscando entender esse movimento dos consumidores, Teads e Kantar, plataforma global de mídia digital e empresa global de dados, insights e consultorias, respectivamente, realizaram uma pesquisa global a fim de mapear os hábitos financeiros e o consumo de tecnologia dos usuários de fintechs.
Segundo o estudo, 31% dos respondentes brasileiros afirmaram que a renda familiar é gasta em despesas e 25% no pagamento de dívidas. Os 44% restantes são distribuídos entre poupança (22%) e investimentos (22%). Ao pensarem em gestão de gastos, as ferramentas que os clientes de fintechs mais utilizam são: cartões de crédito (78%); contas de poupança (69%); transferências e transações on-line (65%); e cartões de crédito digitais (65%). Como extensão desses serviços, a maioria (70%) também declarou que estaria disposta a assinar cartões de crédito digitais, seguida por investimentos digitais (38%), moedas criptográficas (26%) e empréstimos pessoais digitais (25%).
Os serviços fintech se distinguiram dos serviços bancários tradicionais ao digitalizarem as transações e desenvolverem aplicações financeiras para facilitar a vida dos seus usuários ao administrarem seu dinheiro. O estudo revela que são precisamente estas características – a agilidade (80%), acessibilidade (57%) e flexibilidade (49%) – as principais motivações para a contratação de um serviço digital.
Quando perguntados sobre em quais meios buscam informações sobre serviços financeiros, na maior parte (72%), as pessoas interessadas consultam o Youtube, seguidos por sites de notícias especializadas (70%) e de mecanismos de busca na web (65%). Neste caso, livros e publicações governamentais, como órgãos como o banco nacional e agências financeiras, parecem ser as vias menos eficazes de interesse, com 24% e 19% respectivamente. Além disso, os clientes fintech se interessam por conteúdos relacionados a tecnologia (64%), cartões de crédito/débito (60%), saúde e bem-estar (59%), além de negócios e finanças (55%). Entre seus interesses de menor afinidade em termos de consumo de conteúdo estão livros e artigos (32%) e bens de luxo (17%).
De acordo com Paulo Itabaiana, Managing Director da Teads no Brasil, “entender este perfil de consumidor, seus assuntos de interesse e motivações que os levam à aquisição desses serviços fornece insights fundamentais para o setor se comunicar adequadamente com cada tipo de demanda.”
Fonte: Blog Televendas