Juros do rotativo fecharam 2022 em 409,3% ao ano; no cheque especial, inadimplência atingiu maior patamar desde setembro de 2020
A inadimplência no rotativo do cartão de crédito para pessoas físicas cresceu 9 pontos percentuais em 2022 e chegou a 44,7% no fim do ano — a maior taxa da série histórica do Banco Central (BC), iniciada em março de 2011.
No caso do cheque especial, a inadimplência subiu para 13,4%, a maior taxa desde setembro de 2020 (e um crescimento de 1,9 p.p. nos últimos 12 meses). Os dados foram divulgados pelo chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha, na sexta-feira (27).
No crédito livre como um todo, a inadimplência fechou o ano em 4,2%, o mesmo patamar de novembro e bastante abaixo do recorde histórico, registrado em maio de 2017 (5,9%).
“A inadimplência para pessoa física cresceu ao longo de 2022 fundamentalmente nas operações de crédito livre, nessas modalidades rotativas”, afirmou Rocha.
O chefe do departamento de estatísticas do BC recomenda aos endividados que saiam do crédito rotativo, negociando com bancos e instituições financeiras modalidades de crédito com prazos maiores e taxas menores (como o crédito pessoal, por exemplo).
Os juros do rotativo do cartão de crédito fecharam 2022 em 409,3% ao ano, a maior taxa desde 2017 (quando atingiu 428% ao ano). A taxa cresceu 13,9 pontos percentuais de novembro para dezembro e 61,9 pontos percentuais na comparação com o fim de 2021.
No crédito pessoal, a taxa caiu de 42,0% ao ano em novembro para 40,9% em dezembro. No fim de 2021, os juros eram de 37,6%.
Fonte: Info Money