SÃO PAULO E BELO HORIZONTE – A Cemig lançou nesta quinta-feira um plano de desinvestimentos, no qual listou dez ativos colocados à venda, no qual apenas a Santo Antônio Energia tem proposta vinculante no momento, segundo comunicado da estatal mineira.
O valor patrimonial total dos ativos é de R$ 6,56 bilhões, dos quais R$ 5,3 bilhões equivalem a quatro empreendimentos: Taesa, Santo Antônio Energia, Gasmig e Norte Energia. A companhia destacou, porém, que os montantes não representam garantia ou expectativa do real valor de venda.
A Cemig destacou que os valores patrimoniais se referem aos registrados na sua contabilidade, com exceção da Taesa, da Transmineira e da Light Energia.O valor patrimonial da Santo Antônio registrado na contabilidade da Cemig é de R$ 1,28 bilhão, enquanto o da Taesa, em fase de negociações societárias, é de R$ 1,43 bilhão, considerando cálculos realizados a partir do valor de mercado da empresa com data de 31 de março deste ano.
A Transmineira, em fase final de celebração de contratos, tem valor patrimonial de R$ 77 milhões, enquanto a Renova Energia, com proposta não vinculante, tem R$ 317 milhões. Em negociações societárias, a participação na Light Energia representa um valor patrimonial de R$ 530 milhões, enquanto as hidrelétricas Cachoeirão, Pipoca e Paracambi equivalem a um montante de R$ 127 milhões.
A Gasmig, que está em fase de elaboração de edital, representa R$ 1,2 bilhão de valor patrimonial registrado na contabilidade da elétrica mineira, enquanto a Cemig Telecom equivale a R$ 193 milhões.
Finalmente, a Norte Energia equivale a um valor de R$ 1,39 bilhão e se encontra em fase de contratação de assessores, enquanto um grupo de consórcios de exploração de gás, atualmente em elaboração de edital, representam R$ 16 milhões de valor patrimonial.
Segundo a Cemig, o programa de venda de ativos tem como objetivo restabelecer o equilíbrio financeiro da estatal elétrica mineira por meio da redução do endividamento líquido. A implantação do plano fará a alavancagem líquida retornar ao patamar de 2,5 vezes “em um horizonte mais próximo do que o previsto”, informou.
De acordo com a companhia, os critérios levados em conta para a priorização de ativos foram os que apresentavam maior liquidez, os que não trazem retorno de curto prazo e ativos não estratégicos ou com participações pouco relevantes para a Cemig.
Como os processos de venda dos ativos estão sujeitos a restrições legais, societárias e regulatórias, a companhia afirma que selecionou um portfólio que atenda a suas necessidades de desalavancagem, considerando uma expectativa de sucesso de, no mínimo, 50% até o primeiro semestre de 2018. “Esperamos monetizar de R$ 3 bilhões a R$ 3,5 bilhões até o primeiro semestre de 2018”, disse César Vaz, diretor de desenvolvimento de negócios da estatal.
Fonte: Valor Econômico