O acumulado dos últimos 12 meses ficou em 3,60%, também a mais baixa desde maio de 2007, quando estava em 3,18%
São Paulo – A inflação no Brasil, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 0,14% em abril para 0,31% em maio.
Apesar da alta em relação ao mês anterior, foi a taxa mais baixa para um mês de maio desde 2007.
O acumulado dos últimos 12 meses ficou em 3,60%, também a mais baixa desde maio de 2007, quando estava em 3,18%.
Os dados foram divulgados na manhã desta sexta-feira (09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A inflação está abaixo da meta do governo que é de 4,5% com dois pontos percentuais de tolerância para baixo (2,5%) ou para cima (6,5%).
Grupos
Na Habitação, a virada de -1,09% em abril para 2,14% em maio veio pelo item energia elétrica, que havia sofrido corte em abril como compensação por uma cobrança indevida anterior relacionada a Angra III.
O fim desse desconto em maio elevou as contas de luz em 8,98% e impactou o IPCA diretamente para cima com 0,29 ponto percentual.
Isso significa que quase toda a alta de maio pode ser atribuída a esse grupo, anulando todos os outros movimentos positivos e negativos.
Uma força para baixo foi o grupo Alimentação e Bebidas, de longe o com maior peso no índice (cerca de um quarto).
O grupo foi de 0,58% em abril para -0,35% em maio puxado por quedas em itens como frutas, que caíram -6,55% e tiveram sozinhas um impacto negativo de 0,07 ponto percentual na taxa mensal.
Outros itens como arroz (-1,98%) e frango inteiro (-1,32%) não caíram tanto mas têm grande importância no cardápio do brasileiro.
O grupo Transportes teve a maior queda de preços em maio: -0,42%. As passagens aéreas caíram 11,81% e tiveram, sozinhas, impacto negativo de 0,05 ponto percentual na taxa do mês.
Também ficaram mais baratos em maio itens como o automóvel novo (-0,85%) e o etanol (-2,17%).
Já entre as altas estão grupos como Vestuário (de 0,48% para 0,98%) e Educação (0,03% para 0,08%).
As Despesas Pessoais foram de 0,09% em abril para 0,23% em maio com a ajuda dos remédios, que têm peso de 3,48% no orçamento das famílias e ficaram, 3,92% mais caros.
Grupo | Variação abril, em % | Variação maio, em % |
Índice Geral | 0,14 | 0,31 |
Alimentação e Bebidas | 0,58 | -0,35 |
Habitação | 1,09 | 2,14 |
Artigos de Residência | -0,28 | -0,23 |
Vestuário | 0,48 | 0,98 |
Transportes | -0,06 | -0,42 |
Saúde e cuidados pessoais | 1,00 | 0,62 |
Despesas pessoais | 0,09 | 0,23 |
Educação | 0,03 | 0,08 |
Comunicação | 0,55 | 0,09 |
Grupo | Impacto abril, em p.p. | Impacto maio, em p.p. |
Índice Geral | 0,14 | 0,31 |
Alimentação e Bebidas | 0,15 | -0,09 |
Habitação | -0,17 | 0,32 |
Artigos de Residência | -0,01 | -0,01 |
Vestuário | 0,03 | 0,06 |
Transportes | -0,01 | -0,07 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,12 | 0,07 |
Despesas pessoais | 0,01 | 0,03 |
Educação | 0,00 | 0,00 |
Comunicação | 0,02 | 0,00 |
Fonte: G1 Economia