Quem está desempregado sabe que não está fácil arrumar um trabalho. A busca por uma recolocação profissional pode ser ainda mais complicada para quem já recebeu alguns “nãos” de empresas. O UOL listou, com a ajuda de Marineide de Oliveira Aranha Neto, professora e mestre em gestão de pessoas da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas, e Márcia Almström, diretora de Marketing e RH do ManpowerGroup, oito atitudes que podem ajudar quem não está encontrando um emprego. Confira as dicas:
1) Revisar o currículo
Se seu currículo não está agradando aos selecionadores, está na hora de mudar. “O currículo é o cartão de visita. Às vezes, a forma como ele está composto não é atrativa. Se o candidato se impõe demais ou dá informações desconexas, que não passam credibilidade, por exemplo, é preciso fazer uma boa revisão desse documento”, diz a professora. Quem não está encontrando erros no currículo deve procurar a ajuda de um especialista para fazer a revisão.
2) Procurar cursos de atualização
Quem está desempregado pode não ter dinheiro para fazer algum curso de atualização, mas a dica é procurar cursos gratuitos para não ficar parado. “Quando você vai para uma entrevista poderá dizer que está se atualizando, melhorando suas competências”, diz Aranha Neto.
3) Pedir indicação para vagas
Se não está conseguindo emprego, a dica é entrar em contato com seus amigos e ex-colegas de trabalho para pedir indicações de vagas. “Não adianta ter vergonha da condição de desempregado. A maior fonte para conseguir emprego é a indicação”, afirma a professora.
4) Saber mais sobre a empresa que pretende trabalhar
O candidato deve entender como funciona a empresa em que quer trabalhar para conseguir se adaptar ao que eles pedem. “É preciso pesquisar sobre a empresa e ver quais produtos ela oferece, por exemplo, para ter um repertório maior durante a entrevista”, diz Almström.
5) Repassar o que aconteceu na entrevista
Se o candidato não foi bem na entrevista de emprego, é hora de pensar em como foi o processo com o recrutador e listar o que precisa melhorar. “É preciso repassar cada parte da entrevista e ver onde hesitei, o que me constrangeu, o que eu não sabia responder e onde não me valorizei. A gente se constrói em cima de erros também”, diz a professora.
“É um processo de reflexão e busca de melhoria contínua. Tem que ser sincero consigo mesmo. Se não olhar para si, não é transparente e não tem intenção de melhorar, é difícil conquistar outros patamares”, diz a diretora do ManpowerGroup.
A professora afirma que quem estiver com dificuldades em fazer essa análise sozinho pode pedir ajuda para um amigo e contar como foi a entrevista para que ele faça um diagnóstico.
6) Pedir um retorno para o selecionador
Se o candidato não passou na entrevista, ele pode tentar entender o motivo pelo qual foi reprovado com o próprio recrutador. “Não há nada de errado em pedir um feedback para o recrutador se você recebeu um não. Você pode perguntar o motivo por não ser selecionado e se autoavaliar. Às vezes, uma crítica vai ajudar em um reposicionamento no mercado de trabalho. Pode ser uma alavancagem para servir de aprendizado, aprimoramento e para alterar a estratégia”, diz Aranha Neto.
Pode acontecer de o recrutador não querer dizer exatamente o que fez o candidato ser reprovado na seleção, mas ele pode tentar pedir alguma dica para melhorar nas próximas entrevistas.
7) Rever empresas para as quais já mandou currículo
A professora diz que não há nada de errado em mandar o currículo mais de uma vez para a mesma empresa. “O candidato pode não ter sido chamado não porque não era bom, mas porque não havia vaga naquele momento. Se já passou cerca de um ano, ele pode mandar o currículo novamente.”
8) Não se deixar abater
A orientação das especialistas é não desanimar e continuar procurando uma recolocação profissional. “Ficar desempregado hoje é factível de acontecer com qualquer um”, diz Aranha Neto.
“O candidato não deve se desanimar com o mercado competitivo. Ele deve aproveitar a experiência com entrevistas anteriores para melhorar nas próximas”, afirma Almström.
Fonte : UOL