SÃO PAULO – O Banrisul, controlado pelo governo do Rio Grande do Sul, registrou lucro líquido recorrente de R$ 184,1 milhões no segundo trimestre deste ano, queda de 8,6% na comparação com o mesmo período de 2016. A margem financeira somou R$ 1,281 bilhão, com alta de 0,9%.
A carteira de crédito total, por sua vez, estava em R$ 30,905 bilhões em junho, com aumento anual de 3,7%. A provisão para devedores duvidosos atingiu R$ 339,9 milhões no segundo trimestre, ante R$ 375,7 milhões nos três primeiros meses de 2017. A inadimplência foi de 4,72% no período, ante 4,97% no primeiro trimestre e 4,81% um ano antes.
O retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROAE) recorrente ficou em 11,7% entre abril e junho, após corresponder a 11,8% no primeiro e a 13,2% no segundo trimestre de 2016.
As receitas de prestação de serviços e de tarifas bancárias somaram R$ 423,9 milhões nos três meses até junho, queda anual de 0,6%. Na comparação com o primeiro trimestre, no entanto, houve alta de 2%, o que o banco atribui às receitas com a rede multibandeiras e com seguros, previdência e capitalização.
“Relativamente ao desempenho do segundo trimestre frente ao primeiro, o resultado recorrente apresentou relativa estabilidade, proveniente do aumento de margem financeira e da redução de despesas de PDD, num contexto de incremento de despesas administrativas, maior fluxo de outras despesas operacionais e de redução de outras receitas operacionais”, diz o banco no seu balanço.
O Banrisul lançou, em fevereiro, um plano de demissão voluntária (PDV) para empregados aposentados pelo INSS ou aptos para tanto. Até agora, 648 já foram desligados. Os custos pagos e/ou provisionados relacionados ao PDV somaram R$ 93,2 milhões no primeiro semestre. Líquido dos efeitos fiscais, o plano reduziu o resultado do período em R$ 51,3 milhões. Em junho, o Banrisul tinha 532 agências e 10.503 funcionários.
O banco também revisou suas projeções. A expectativa para a carteira de crédito total foi mantida em crescimento de 3% a 7%, mas sua composição mudou: a projeção para pessoa física melhorou de 5% a 9% para 14% a 18%, enquanto para pessoa jurídica piorou, de queda de 2% a alta de 2% para recuo de 10% a baixa de 6%. “A melhora dos indicadores de atividade e a incipiente redução do risco têm favorecido o crescimento do crédito às pessoas físicas, especialmente nas modalidades de crédito consignado, enquanto que a recuperação do segmento empresarial segue em ritmo lento”, diz o Banrisul.
Fonte: Valor Economico