A educação financeira é a melhor saída para os brasileiros evitarem dívidas descontroladas e as empresas têm papel fundamental nisso
Mesmo com alguns sinais de recuperação, o Brasil ainda sente os reflexos da crise econômica. Em maio, chegamos à marca de 60,1 milhões de brasileiros com dívidas e nome negativo, segundo estudo do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Esse cenário está diretamente ligado ao emocional dos brasileiros e, sem os devidos cuidados, pode tomar proporções preocupantes.
O cenário de endividamento acaba afetando o mercado como um todo. “Mesmo quem não tem dívidas acaba enfrentando dificuldades na hora de acessar crédito”, diz Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos. Diante disso, os bancos vêm se movimentando para ajudar o consumidor a renegociar as contas em atraso e fazer uma gestão mais eficiente do dinheiro.
Diretor de clientes do Banco do Brasil, Simão Kovalski destaca que esse quadro se deve, em grande parte, a uma questão cultural. “O brasileiro é mais impulsivo do que planejado. Planejar é mais difícil, faz com que as pessoas tenham de controlar de forma mais intensa as suas vontades”, explica. Por outro lado, ele diz que é papel das empresas atuar nessa seara, apoiando os clientes. “Ajudá-los é positivo em longo prazo, pois fortalece o relacionamento saudável que tanto buscamos”.
De fato, para termos um ecossistema positivo de educação financeira, é fundamental que as empresas estejam engajadas nessa causa e se preocupem com a saúde financeira dos seus clientes.
Ferramentas de educação financeira
Diversas empresas do setor financeiro já têm serviços para ajudar o consumidor a gerir melhor seus gastos. Conheça algumas:
Banco do Brasil
- Portal sobre educação financeira para estimular a prática de uso consciente do crédito com orientações, cursos, simuladores e dicas sobre o tema;
- Oficina “Seu Bolso e Você”, oferecida a comunidades carentes e ministrada por voluntários no Programa Integração, treinados por equipes especializadas em didática do BB;
- Trato: aplicativo que auxilia os pais na tarefa de estimular a educação financeira dos filhos desde a infância;
- Minhas Finanças: funcionalidade instalada dentro do app do banco para que os clientes tenham controle sobre o seu orçamento;
Santander
- Programa Parceiros em Ação para microempreendedores de comunidades de renda baixa;
- Portal Conta Pra Mim para que consumidores compartilhem suas histórias;
- Programa de Apoio Pessoal com atendimento e suporte para funcionários que precisam de orientação financeira, além de palestras internas sobre o assunto;
Itaú Unibanco
- Ação proativa para clientes que demonstram propensão ao endividamento, com opções acessíveis;
- Portal específico sobre educação financeira com dicas de controle financeiro;
- Produção de webséries especiais sobre o assunto, como “TV Vida Real” e “Como falar de dinheiro com as crianças”;
- Programa de educação financeira para funcionários do banco e empresas clientes;
Bradesco
- Criação do Next, banco 100% digital que organiza a jornada do cliente de acordo com seus gastos e suas metas pessoais para a realização de sonhos e reserva de dinheiro;
- Portal especializado em educação financeira com conteúdos focados na importância do controle pessoal;
- Atendimento personalizado para clientes pessoas física e jurídica que precisam de auxílio para o desenvolvimento econômico;
- Ações presenciais diversas para estimular o uso consciente do dinheiro;
Caixa
- Portal com orientações sobre crédito e ações para consumidores não bancarizados;
- Poupançudos: game mobile temático sobre educação financeira, que ensina o controle pela diversão;
- Cursos online e presenciais, realização de palestras com dicas voltadas à conscientização dos consumidores.
Renegociação online
Em um cenário de inadimplência, outro ponto sensível é a questão da renegociação de dívidas. Estão emergindo cada vez mais no mercado startups e bancos que oferecem a opção de fazer o acerto de contas online. Alguns nomes que podem ajudar os consumidores são: Lendico, Acordo Certo e Kitado.
Essas plataformas procuram dar comodidade nesse momento que por vezes deixa o consumidor envergonhado e angustiado. Alguns bancos também têm prestado mais atenção nesse fato. Banco do Brasil, Caixa, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander já investem nessa iniciativa. O contato pode ser feito pelos respectivos portais e até mesmo via redes sociais, como é o caso do BB, que aceita contatos pelo Messenger do Facebook. Nessa correte do bem, todos ganham: consumidores, empresas e a economia, que precisa mais do que nunca se fortalecer.
Fonte: Blog Televendas