Analistas preveem que o IPCA encerrará o ano em 2,97%; o centro da meta do governo é de 4,5%, e o limite mínimo, com a tolerância, é de 3%
Os analistas do mercado financeiro reduziram as previsões para a inflação e estimam que o IPCA encerrará 2017 abaixo do limite mínimo (piso) da meta para o ano. As apostas para o indicador do IBGE caíram pela quinta semana consecutiva, de 3,08% para 2,97%, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira. O centro da meta estabelecida pelo governo para o ano é de 4,5% e, com a margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual, os limites ficam entre 3% e 6%.
A expectativa para a inflação no ano que vem também caíram, pela quarta semana seguida, de 4,12% para 4,08%. A meta para 2018 é idêntica à de 2017.
O reajuste nas estimativas dos economistas do mercado ocorre após o governo também esperar um ritmo de aumento de preços menor. Na última quinta-feira, o Banco Central divulgou que suas estimativas para o IPCA caíram de 3,3% para 3,2% (2017) e de 4,4% para 4,3% (2018), segundo o Relatório Trimestral de Inflação. A queda no preço de alimentos foi um dos fatores que motivou a revisão nas contas. A inflação em ritmo fraco é o que tem levado o BC a cortar os juros, atualmente em 8,25%. Segundo o Focus, a Selic deve ficar em 7% neste ano e no próximo.
Em relação à atividade econômica, os analistas subiram a estimativa de crescimento do PIB para 2017 (de 0,60% para 0,68%) e 2018 (2,20% para 2,30%), segundo o Focus. O indicador também foi reajustado para cima nas estimativas do governo divulgadas na última semana, motivado pelo resultado positivo do PIB no 2º trimestre e por bons resultados em indicadores setoriais.
Fonte: Veja Economia