Recovery, do Itaú, leva R$ 6 bi em crédito podre do Bradesco

A Recovery, empresa de recuperação de créditos do Itaú Unibanco, arrematou R$ 6 bilhões em operações vencidas e inadimplentes, os chamados empréstimos podres, do Bradesco. A assinatura do contrato deve acontecer ainda em janeiro após um processo de concorrência que ocorreu no mês passado e que atraiu outros nomes consolidados deste setor, como RCB Investimentos, que tem parceria com a companhia global PRA Group, a Ativos, do Banco do Brasil, e a novata Megaware.

Independência
A compra da carteira do Bradesco reforça o “lado independente” da Recovery, que foi questionado após a empresa mudar das mãos do BTG Pactual para o Itaú. Ao adquirir mais esse ativo, concorrentes dizem que sua participação no mercado de crédito podre, que ainda engatinha no Brasil, teria fechado o ano ao redor dos 50%. Como o contrato será assinado em janeiro, a venda dos R$ 6 bilhões será contabilizada no balanço do Bradesco no primeiro trimestre de 2018. Desde que começou a acessar o mercado de créditos podres, o banco já se desfez de cerca de R$ 15 bilhões em empréstimos vencidos e inadimplentes. Procurados, Bradesco e Recovery não comentaram.

Enquanto isso…
Já a carteira da Via Varejo, de mais de R$ 2 bilhões, foi adquirida pela Ipanema, que tem o Santander como sócio. Batizado de “Projeto Futuro”, a operação atraiu pouco interesse dos investidores, envolvendo players como a Recovery e a RCB. (Colaborou Dayanne Sousa)

Fonte: Estadão