O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, disse nesta terça-feira (30) que a meta para 2018 é atingir R$ 90 bilhões em desembolsos, o que, para ele, seria um “avanço extraordinário”, além de uma “meta desafiadora”.
O BNDES anunciou nesta terça que os desembolsos do banco, que representam o volume de empréstimos concedidos, caíram 19% em 2017 na comparação com o ano anterior, somando R$ 70,8 bilhões. O BNDES já havia confirmado o número ao G1.
Além de marcar o terceiro recuo anual seguido, o montante ficou abaixo da meta de R$ 77 bilhões.
Em novembro, Castro já havia reconhecido que a marca não seria batida. “Nós até comemoramos porque, suando, chegou nos R$ 70 bilhões”, disse a jornalistas nesta terça.
Castro ressaltou que, apesar da queda dos desembolsos no ano passado, já é possível notar uma tendência de recuperação, assim como no volume de consultas.
Empréstimo cresce para empresas menores
Na direção contrária do resultado total de 2017, as micro, pequenas e médias empresas receberam um volume maior de recursos liberados pelo BNDES. O aumento foi de 9% no ano, batendo a marca de R$ 29,7 bilhões.
O valor representa 42% do total de desembolsos, o que significa um recorde histórico na participação de empresas pequenas e médias no volume total de empréstimos do banco de fomento.
Entre os setores beneficiados, o da indústria foi o que registrou a maior queda de desembolsos. O recuo foi de 50% , para R$ 15 bilhões (o que representa 21% do total liberado pelo banco).
O setor de comércio e serviços também terminou o ano com queda no volume de recursos liberados pelo BNDES, com retração de 20%. Os R$ 14,4 bilhões liberados para esse setor foram 20,5% do total desembolsado.
Já a agropecuária terminou o ano com alta de 3% de recursos liberados (R$ 14,3 bilhões), com 20,3% do total de desembolsos.
A área de infraestrutura teve aumento de 4% do volume de recursos. O setor teve R$ 26,8 bilhões liberados e, com isso, se firmou como o principal destino dos recursos do banco de fomento (37,9% do total liberado).
Fonte: G1 Economia