Desemprego avança em todas as regiões do país, aponta IBGE

RIO DE JANEIRO –  O Estado do Amapá registrou a maior taxa de desemprego do país no segundo trimestre de 2016, de 15,8%, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Santa Catarina, por sua vez, teve a menor taxa, de 6,7%. Em ambos, o desemprego aumentou de forma significativa. No mesmo período do ano passado, esses Estados registraram taxas de 10,1% e 3,9%, respectivamente.

O IBGE já tinha divulgado em 29 de julho a taxa média de desemprego no país, de 11,3% no segundo trimestre deste ano, ante 8,3% no segundo trimestre de 2015, e hoje detalhou os dados por regiões e Estados.

Em São Paulo, o desemprego cresceu de 9% de abril a junho de 2015 para 12,2% nos mesmos três meses do calendário atual.

 A taxa de desocupação subiu em todas as grandes regiões no segundo trimestre de 2016 e, em todas, elas o desemprego foi o maior desde o início da série da Pnad Contínua, em 2012. Das 27 unidades da federação, 20 apresentaram recorde na taxa de desocupação do segundo trimestre.

Na comparação com o mesmo período de 2015, todas as regiões registraram aumento do desemprego: Norte (de 8,5% para 11,2%), Nordeste (de 10,3% para 13,2%), Sudeste (de 8,3% para 11,7%), Sul (de 5,5% para 8,0%) e Centro-Oeste (de 7,4% para 9,7%).

No primeiro trimestre de 2016, essas taxas haviam sido de 12,8% no Nordeste, 11,4% no Sudeste, 10,5% no Norte, 9,7% no Centro-Oeste e 7,3% no Sul.

No corte por Estados, além do Amapá, as maiores taxas de desocupação no trimestre de 2016 foram observadas na Bahia (15,4%) e em Pernambuco (14,0%), enquanto as menores taxas estavam, além de Santa Catarina (6,7%), Mato Grosso do Sul (7,0%) e Rondônia (7,8%).

Nível da ocupação

 O nível de ocupação (indicador que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar) ficou em 54,6% para o Brasil no segundo trimestre. As regiões Nordeste (48,6%) e Norte (54,4%) ficaram abaixo da média do país. Nas demais regiões, o nível de ocupação foi de 59,1% no Sul, 59,2% no Centro-Oeste e 56,1% no Sudeste.

Mato Grosso do Sul (61,1%), Santa Catarina (59,4%), Paraná (59,2%) e Goiás (59,2%) apresentaram os maiores percentuais, enquanto Alagoas (42,9%), Pernambuco (46,6%) e Rio Grande do Norte (47,2%) apresentaram os níveis de ocupação mais baixos.

Renda

 O rendimento médio real habitual dos trabalhadores ficou acima da média do Brasil (R$1.972) nas regiões Sudeste (R$ 2.279), Centro-Oeste (R$ 2.230) e Sul (R$ 2.133), enquanto Norte (R$ 1.538) e Nordeste (R$ 1.334) ficaram abaixo da média.

O Distrito Federal apresentou o maior rendimento (R$ 3.679), seguido por São Paulo (R$ 2.538) e Rio de Janeiro (R$ 2.287). Os menores rendimentos foram registrados no Maranhão (R$ 1.072), Bahia (R$ 1.285) e Ceará (R$ 1.296).

A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 174,6 bilhões de reais para o país com um todo) ficou em R$ 90,4 bilhões na região Sudeste, R$ 29,8 bilhões no Sul, R$ 28,0 bilhões no Nordeste, R$ 16,2 bilhões no Centro-Oeste e R$ 10,2 bilhões no Norte.

Fonte: Valor Econômico