Recuperação de crédito no País por parte de instituições financeiras deve ficar negativa em 2018. Incerteza na política e economia, sem recuperação do emprego, postergam para 2019 o aumento do consumo.
Apesar do avanço de alguns indicadores econômicos – como juros no menor patamar histórico, inflação controlada e volta gradual do consumo das famílias –, a demora na retomada do emprego ainda impacta a renda familiar e a capacidade de pagamento de dívidas.
“Esperávamos que a recuperação de crédito começasse a ficar positiva, mas a alta mensal, até agora, não é pela melhora nos pagamentos e, sim, pela queda da demanda por crédito”, diz o economista do Serviço Central de Proteção ao Crédito (Boa Vista SCPC), Flávio Calife.
Conforme dados do birô de crédito, apesar de maio ter registrado avanço de 3,2% nas recuperações ante abril, no acumulado de 12 meses houve recuo de 2,6%. Em abril, o crescimento ante março era de 5,1%, com queda de 1,6% nos 12 meses.
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, apesar do número visto em abril ser bom, ele mostra “um fundo negativo”. “O mercado de trabalho é a última variável a reagir e ainda não mostrou a cara. Essa recuperação vem mais lenta do que o esperado e, mesmo com o aumento das concessões pelos bancos, o orçamento das famílias está muito apertado e isso pode ter reflexos na inadimplência futura”, diz.
Fonte: Blog Televendas