Um dos setores de maior complexidade para a cobrança de dívidas é o imobiliário – isso ocorre por diversos motivos, dentre eles: o alto ticket médio e a judicialização de ações contra as construtoras. Por trás disso, temos a crise econômica que afetou (e afeta) o mercado, aumentando o desemprego e reduzindo as concessões de crédito. Diante destes pontos ainda tão latentes no país, como superar a inadimplência imobiliária?
Quando falamos dos imóveis cujo o financiamento imobiliário já foi obtido pelo comprador, o processo de recuperação acaba sendo facilitado por este encontrar-se alienado aos credores. Já nos imóveis adquiridos na planta, cujo o futuro proprietário solicitará o distrato, a questão se torna bem mais delicada – isso ocorre, pois muitos destes entram com ações requerendo devolução de todos os valores pagos e costumam ser beneficiados pelas decisões da Justiça. Segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), de janeiro a abril deste ano, 9.707 imóveis foram devolvidos às construtoras (quase 100 imóveis por dia!).
Importante ressaltar que existe um projeto aprovado pela Câmara visando a redução da inadimplência imobiliária no qual estabelece uma multa de 50% para o comprador nos casos de devolução de imóveis construídos no chamado regime de afetação, contudo, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado rejeitou-a nestes moldes no começo deste mês – mesmo assim, a matéria seguirá para votação pelo Senado.
Independente dos pontos expostos, as assessorias de cobrança e escritórios de advocacia veem concentrando seus esforços em diversas frentes, dentre elas, melhorarem os indicadores de localização do inadimplente através de processos personalizados de enriquecimento cadastral – isso ocorre, pois existe uma grande desatualização cadastral entre o momento da compra do imóvel e da tentativa de repasse ao comprador – e quanto antes essas empresas conseguirem falar com estes clientes, maiores serão suas chances de obterem um acordo satisfatório para ambas as partes, reduzindo a inadimplência imobiliária.
Diante deste cenário, a Think Data, bureau de informações referência no mercado brasileiro, desenvolveu algumas soluções que visam auxiliar as construtoras e financeiras na maximização dos seus indicadores de CPC (Contato com a Pessoa Certa). Hoje, é possível realizar processos extremamente ágeis de localização que vão além da localização de telefones vinculados ao CPF do devedor, como por exemplo, a localização via WhatApp – através dela, a financeira obterá não apenas a confirmação de qual dos telefones do devedor tem WhatsApp, mas também a foto vinculada e o último dia / hora de utilização do aplicativo. Apenas através da utilização desta feature, empresas do setor observaram uma melhora aproximada de 85% nos indicadores de localização de devedores.
Fonte: Blog Televendas
