Indicador antecedente de emprego é o menor desde dezembro de 2016

IAEmp recuou 0,8 ponto em julho ante junho, para 94,7 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas

Rio – O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 0,8 ponto em julho ante junho, para 94,7 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Após cinco meses consecutivos de quedas, o indicador atingiu o menor nível desde dezembro de 2016, quando estava em 90,0 pontos.

“O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) continua sua trajetória de queda, convergindo para níveis próximos da média histórica prévia à crise (87 pontos). Este fato mostra que a geração de emprego ao longo dos próximos meses deverá ser mais modesta, relacionando-se com o crescimento econômico mais moderado do que o previamente esperado”, avaliou o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) diminuiu 1,0 ponto em julho ante junho, para 96,1 pontos.

O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. Já o IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

“O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) continua mostrando sua estabilidade, ainda que em nível elevado, o que indica um mercado de trabalho bastante difícil. O índice de julho de 2018 encontra-se em patamar similar ao apresentado em março de 2018, mas inferior ao apresentado no ano de 2017. No entanto, o recuo tímido ilustra um mercado de trabalho que ainda se apresenta em ritmo fraco e no qual a recuperação deve continuar em ritmo moderado”, completou Barbosa Filho.

No IAEmp, quatro dos sete componentes tiveram redução em julho, com destaque para o item que mede o Emprego previsto para os próximos três meses no setor da Indústria de Transformação, com recuo de 11,0 pontos em relação a junho.

No ICD, as faixas de renda que mais contribuíram para a queda do indicador em julho foram as duas mais baixas: consumidores com renda familiar mensal até R$ 2.100,00 (-2,5 pontos) e na faixa entre R$ 2.100,00 e R$ 4.800,00 (-1,5 ponto).

Fonte: Exame.com