Cooperativas de crédito conquistam quase 60 mil novos associados por mês

Dados recentes do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo apontam que o número de associados às cooperativas de crédito cresceu 8% no último ano. Atualmente, são cerca de 10 milhões de cooperados em todo o Brasil. “O crescimento tem sido de, aproximadamente, 60 mil novos cooperados por mês”, afirma Edivaldo Del Grande, presidente da Ocesp – Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo e também do Sescoop/SP – Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo.

No ano de 2017, as cooperativas de crédito estavam presentes em 5.175 municípios brasileiros, ou seja, 93% do território nacional. De acordo com informações do Banco Central, juntas as instituições financeiras cooperativas somam R$ 45,4 bilhões em patrimônio líquido. “Especialmente nos pequenos municípios, onde os recursos financeiros são mais escassos, ou em áreas onde há falta de agências bancárias, as cooperativas financeiras se tornam importantes alternativas para o acesso ao crédito”, diz Del Grande. Um dos principais atrativos são as baixas taxas, significativamente inferiores às cobradas pelos bancos tradicionais.

Em comparação entre as taxas de uma das maiores cooperativas de crédito do país, apuradas durante o mês de maio deste ano, com as taxas praticadas pelas instituições financeiras tradicionais, as diferenças eram respectivamente de 109,1% para 320,7% no cheque especial, de 149,5% para 320,9% no cartão de crédito rotativo, de 29,2% para 125% no crédito pessoal, de 21,8% para 34,5% no capital de giro rotativo e, por fim, uma diferença de 28,3% para 37,8% na taxa do desconto de cheques.

“Como se vê, pela oferta de serviços e produtos, as cooperativas de crédito já fazem frente aos bancos tradicionais. Oferecemos liberação de crédito, talões de cheques, cartões, seguros, entre outros serviços”, ressalta o presidente. Sobre as taxas serem menores, isso é possível porque o objetivo final da cooperativa é prestar serviços para os cooperados, e não gerar lucro para um grupo de acionistas. “No nosso sistema não existe um único dono. Então, o resultado positivo é compartilhado entre os associados e, como consequência retorna à comunidade”, conclui.

Fonte: Segs