Segundo a FecomercioSP, o setor encerrou setembro com estoque ativo de 505.156 empregos formais
O comércio atacadista do Estado de São Paulo voltou a gerar vagas com carteira assinada pelo terceiro mês consecutivo. Em setembro, foram criados 714 postos de trabalho, resultado de 14.661 admissões contra 13.947 desligamentos. Com isso, o setor encerrou o mês com um estoque de 505.156 empregos formais, alta de 1,7% em relação ao mesmo período de 2017, maior patamar desde setembro de 2015. No acumulado de 2018, o saldo ficou positivo em 7.006 vínculos celetistas. Na soma dos últimos 12 meses, 8.245 postos de trabalho formais foram abertos.
Os dados são da Pesquisa de Emprego no Comércio Atacadista do Estado de São Paulo (PESP Atacado), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e das informações sobre movimentações declaradas pelas empresas do atacado paulista. A pesquisa mostra o comportamento do mercado de trabalho formal no comércio atacadista em 16 regiões e dez ramos de atividades.
Em setembro, três dos dez segmentos pesquisados registraram saldo negativo: outras atividades (-86 vínculos); vestuário, tecidos e calçados (-61 vínculos); e produtos farmacêuticos e higiene pessoal (-59 vínculos). Por outro lado, os grupos de máquinas de uso comercial e industrial (308 vínculos); e de eletrônicos e equipamentos de uso pessoal (219 vínculos) abriram o maior número de vagas em setembro.
No acumulado dos últimos 12 meses, o destaque foi para o comércio atacadista de produtos farmacêuticos e higiene pessoal, com 2.130 vagas abertas, o que representa um aumento de 3,6% no estoque de empregados em relação a setembro de 2017, a maior taxa entre os dez segmentos analisados. Em seguida, aparecem as atividades de máquinas de uso comercial e industrial (3,3%); e papel, resíduos, sucatas e metais (2,9%). Enquanto os segmentos de vestuário, tecidos e calçados (-0,9%); e materiais de construção, madeira e ferramentas (-0,4%) foram os únicos a registrar queda na mesma base comparativa.
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o ritmo é de consolidação do processo de retomada do emprego com carteira assinada após sua maior recessão em 2015 e 2016. Assim, o setor atacadista segue atrativo tanto para os consumidores finais, com orçamento ainda apertado, como para os empreendedores que migraram do mercado de trabalho na crise. Os dados retratam o melhor período do ano, visto que o atacado se prepara para o Natal, antecipando os movimentos do comércio varejista.
A Federação ainda recomenda que o empresário inicie o planejamento do quadro funcional de 2019, com previsão de um ano melhor do que o de 2018, mas ainda em processo de retomada econômica.
Atacado paulistano
Na cidade de São Paulo, o comércio atacadista criou 306 vagas celetistas em setembro com destaque para a atividade de eletrônicos e equipamentos de uso pessoal, que abriu 205 vagas, seguida de produtos farmacêuticos e higiene pessoal com 74 novos vínculos. Em contrapartida, os segmentos de vestuário, tecidos e calçados (-68) e outras atividades (-55) eliminaram o maior número de vagas. Desta forma, o atacado paulistano encerrou o mês com um estoque ativo de 208.855 trabalhadores formais, alta de 1% em relação a setembro de 2017, mesmo apontamento do mês passado.
Nos primeiros nove meses do ano, 2.521 vagas foram geradas, com destaque para o atacado de produtos farmacêuticos e higiene pessoal (830 vagas); e de papel, resíduos, sucatas e metais (484 novos empregos). No acumulado de 12 meses, 2.136 vagas foram abertas, com liderança do grupo de produtos farmacêuticos e higiene pessoal (927 vagas).
Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Comércio Atacadista do Estado de São Paulo (PESP Atacado) analisa o nível de emprego do comércio atacadista. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e dez atividades do atacado: alimentos e bebidas; produtos farmacêuticos e higiene pessoal; vestuário, tecidos e calçados; eletrônicos e equipamentos de uso pessoal; máquinas de uso comercial e industrial; material de construção, madeira e ferramentas; produtos químicos, metalúrgicos e agrícolas; papel, resíduos, sucatas e metais; energia e combustíveis; e outras atividades. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e das informações sobre movimentação declaradas pelas empresas do atacado paulista.
Fonte: Segs