Percentual de consumidores com contas em atraso volta a recuar, passando de 34%, em outubro, para 33,2%, em novembro, conforme pesquisa da Fecomércio MG
O percentual de famílias com contas em atraso apresentou um novo recuo em Belo Horizonte, passando de 34%, em outubro, para 33,2%, em novembro. Em setembro, estava em 34,5%. No último mês, o volume de pessoas que não terão condições de quitar os débitos vencidos também caiu: de 15,9% para 15%. O resultado faz parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), elaborada pela Fecomércio MG, com base em dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A análise retrata o comprometimento da renda com financiamento de imóveis, carros, empréstimos, cartões de crédito, lojas e cheques pré-datados, bem como a capacidade de pagamento dos consumidores. “A queda da inadimplência pode indicar a redução da implicação da renda das famílias destinada ao pagamento de dívidas. Uma vez que o patamar do endividamento não caiu, percebe-se que os consumidores têm sentido a necessidade de colocar as contas em dia – até mesmo pela proximidade do Natal – e buscado diminuir os débitos atrasados. A melhoria dos níveis de emprego, taxas de juros mais baixas e o pagamento do 13º salário são outros fatores favoráveis”, observa o economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida.
Ainda conforme o levantamento, 69,1% dos belo-horizontinos estavam endividados em novembro, percentual superior aos 67,3% apurados no mês anterior. A principal modalidade de dívida continua sendo o cartão de crédito (76,6%). Em seguida, aparecem os carnês (24,1%), financiamento de carro (23,9%) e de casa (17,5%). Entre as famílias com dívidas pendentes, a maioria (52,8%) afirma que o período de atraso é superior a 90 dias. Além disso, 53,8% dos entrevistados têm um comprometimento entre 11% e 50% da renda, enquanto outros 23,5% estão com mais da metade do orçamento mensal envolvido em financiamentos diversos.