O presidente da Volkswagen para América do Sul e Caribe, Pablo Di Si, disse nesta segunda-feira, 4, que tem ouvido de executivos de bancos que “há muita liquidez” e “muito crédito” disponível para ser ofertado em 2019. “Eles estão muito otimistas”, afirmou o executivo da montadora alemã, em evento em São Paulo. Além disso, afirmou Di Si, os donos das concessionárias da marca estão lhe dizendo que “a confiança do consumidor voltou”.
Esses dois tipos de depoimentos, disse o executivo, lhe dão a confiança necessária para acreditar que o mercado brasileiro de veículos leves deve crescer em torno de 9% este ano. No ano passado, as vendas subiram 14%.
A expansão no Brasil, segundo Di Si, tem ajudado a compensar a queda nas vendas de veículos na Argentina. De acordo com dados fornecidos por ele, a produção da montadora na América Latina, que se resume a fábricas instaladas no Brasil e na Argentina, cresceu 11% em 2018 ante 2017, apesar da crise do mercado argentino. Além disso, o aumento de demanda em outros países, como Chile, Colômbia e Peru, também contribuiu.
O executivo disse ainda que segue otimista com a renovação do acordo entre Brasil e Argentina para comércio de veículos, que expira em junho de 2020 e define que, para cada US$ 1 importado da Argentina em veículos e autopeças, o Brasil pode exportar US$ 1,5 para lá. Di Si afirmou que conversou há duas semanas com o ministro argentino da Produção, Dante Sica, e percebeu que ele está entusiasmado com as conversas que terá com o governo Bolsonaro.
As negociações para renovação, que começaram no governo Temer, ainda não foram retomadas com o presidente Jair Bolsonaro. Na avaliação de Di Si, no entanto, as perspectivas são positivas, porque os dois governos têm posições econômicas semelhantes, com viés liberal. Não há pressa, porém. Para o executivo, as conversas para renovação só devem ser finalizadas em 2020, perto do prazo final, como ocorre de costume.