Agências digitais podem estar com os dias contados se depender dos bancários

Os modelos de agências digitais têm sido uma mão na roda para quem possui conta em banco. Isso porque permitem o atendimento por gerentes em horário estendido de forma online, com mais rapidez e sem a necessidade do correntista se deslocar até uma agência física, onde pode enfrentar filas.

Só que para os bancários, a história é outra. A greve que os mantém paralisados por todo o país há mais de dez dias visa forçar os bancos a repensar os modelos de agências digitais. Para eles, apesar de indicarem revolução, as agências digitais são basicamente centrais de atendimento com funções bancárias, o que moveu parte das operações para outro tipo de ambiente.

“A agência digital foi criada e vendida como algo revolucionário, visionário e foi entregue um telemarketing ativo e receptivo de oito horas”, disse um funcionário do Itaú ouvido de forma anônima pelo Sindicado dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região.

“O resultado é catastrófico. Os clientes ficaram sem atendimento nas agências convencionais e os funcionários perderam muito em respeito, vida, saúde e carreira’’, acrescentou, destacando que os operadores de telemarketing são tratados como robôs, sem tempo para ir ao banheiro ou tomar água.

As reivindicações incluem jornada de 25 horas semanais, de segunda a sexta-feira, carga de trabalho igual a dos funcionários de agências físicas, priorização do pessoal do banco antes da abertura das vagas para trabalhadores terceirizados, e mais cuidado com o remanejamento de pessoal entre agências físicas e digitais, além de disponibilização gratuita de equipamento de trabalho.

Fonte: Blog Televendas